Redação Pragmatismo
Política 24/Fev/2022 às 06:24 COMENTÁRIOS
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Rússia invade a Ucrânia: "Quem interferir enfrentará consequências", diz Putin

Publicado em 24 Fev, 2022 às 06h24

"Quem interferir enfrentará consequências nunca antes experimentadas na história", diz Putin. Milhares de pessoas tentam deixar Kiev e provocam engarrafamento; UE e ONU se preparam para refugiados. Presidente da Ucrânia divulga mensagem: "Somos fortes e vamos vencer"

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Explosão registrada em Kharviv, segunda maior cidade ucraniana

A Rússia decidiu atacar a Ucrânia nesta quinta-feira (24), naquilo que Kiev chamou de ‘invasão total’. É a mais grave crise militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

“Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”, disse Vladimir Putin.

O presidente da Rússia também afirmou que a responsabilidade pela guerra e suas consequências é da Ucrânia. “Toda responsabilidade será do regime da Ucrânia. Todas as decisões já foram tomadas. A verdade está do nosso lado. Os objetivos serão atingidos”.

Putin alertou os russos precisam se preparar para alterações na vida cotidiana no país, já prevendo sanções mais severas por parte dos Estados Unidos e aliados. “Será necessário se adaptar às mudanças que podem acontecer”, afirmou.

Pouco após começarem a surgir informações de uma ampla ação russa em diferentes áreas da Ucrânia, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zenlensky, divulgou na manhã desta quinta-feira (24) uma mensagem pedindo calma e informando que está adotando lei marcial.

“Caros cidadãos ucranianos, esta manhã o presidente Putin anunciou uma operação militar especial em Donbas. A Rússia realizou ataques contra nossa infraestrutura militar e nossos guardas de fronteira. Ouviram-se explosões em muitas cidades da Ucrânia. Estamos introduzindo a lei marcial em todo o território do nosso país. Hoje cada um de vocês deve manter a calma. Fique em casa se puder. Nós estamos trabalhando. O exército está trabalhando. Todo o setor de defesa e segurança está funcionando. Sem pânico. Nós somos fortes. Estamos prontos para tudo. Vamos vencer todos porque somos a Ucrânia.”

A Rússia tem mais de 150 mil soldados, tanques e mísseis posicionados ao longo da fronteira ucraniana. Putin reclama de uma eventual adesão de Kiev à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar criada para fazer frente à extinta União Soviética.

Para Putin, a Otan é uma ameaça à segurança da Rússia por sua expansão na região. Por isso, o presidente quer uma declaração formal de que a Ucrânia nunca vai se filiar à aliança.

Equipes da TV CNN ouviram explosões ao longe na capital Kiev e em Kharkiv, importante centro no leste do país. Sirenes antiaéreas começaram a soar na capital às 7h06 locais (2h06 em Brasília), mas até agora não houve relatos de bombardeio da cidade. O comando militar russo disse que não está mirando civis.

Agências das Nações Unidas, em coordenação com governos europeus, estão traçando planos e cenários para um fluxo importante de refugiados ucranianos. Algumas das projeções chegam a falar em 5 milhões de possíveis refugiados, dependendo da intensidade da guerra.

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