O que se sabe sobre a morte do menino que caiu de toboágua em Caldas Novas
Criança de 8 anos despencou de uma altura de 15 metros de toboágua que estaria em manutenção. "Como não tinha ninguém lá, nenhuma barreira física impedindo a passagem?", questiona mãe
Na tarde deste domingo (13), um garoto de 8 anos morreu depois de cair de um toboágua em um parque aquático em Caldas Novas, no Sul de Goiás. O Corpo de Bombeiros informou que a criança entrou em uma área que está em manutenção e caiu de aproximadamente 15 metros de altura. O caso aconteceu no Di Roma Acque Park.
O acidente ocorreu por volta das 15h em uma atração chamada “Vulcão”. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e auxiliou no resgate. A prefeitura da cidade informou, em nota, a vítima sofreu diversas lesões e um traumatismo craniano seguido de afogamento.
O garoto foi primeiramente resgatado por guarda-vidas do parque. Em seguida, foi levado pelo SAMU para o Hospital Municipal de Caldas Novas. Segundo os socorristas, o menino estava em estado grave e chegou a ser intubado.
Uma equipe aérea do Corpo de Bombeiros foi chamada para transferir a vítima de helicóptero para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, capital do estado. No caminho, a vítima sofreu uma parada cardíaca e a equipe teve que retornar.
Ainda de acordo com a nota da prefeitura, o garoto era da cidade de Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, e estava viajando com familiares. A equipe médica confirmou a morte às 19h. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade onde a família mora e será velado e sepultado, nesta segunda-feira (14).
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O caso deve ser investigado pela Polícia Civil.
Jaqueline Rosa, mãe de Davi Lucas de Miranda, está muito abalada e cobrou mais segurança no local.
“Ele era uma criança de 8 anos. Só tinha uma fitinha [interditando o brinquedo]. Como não tinha ninguém lá?”, questiona.
Davi adorava passear em Caldas Novas. A viagem da família de Conselheiro Lafaiete já estava planejada, mas precisou ser adiada por conta das fortes chuvas que atingiram Minas Gerais. Jaqueline e o marido, Luciano Miranda, preferiram remarcar a ida à cidade para garantir a segurança deles e dos filhos no caminho.
“Meu filho era uma criança maravilhosa, cheia de planos, um menino superestudioso. Ele só queria brincar. Mas meu filho não volta mais. Está doendo muito”, falou Jaqueline.
Ela conta que, no momento do acidente, estava preparando mamadeira para o caçula e que os filhos estavam com o pai. Davi pediu para ir ao banheiro e, como conhecia o local e sabia nadar, Luciano permitiu.
Entretanto, a criança acabou tendo acesso ao toboágua em manutenção, conhecido por “Vulcão”, e caiu de uma altura de cerca de 15 metros.
‘Não tinha nenhuma outra barreira física’
Giliard Miranda, tio de Davi, conta que o menino já tinha ido outras vezes ao parque aquático.
“Ele já estava acostumado. Dessa vez, como estava sem água dentro do brinquedo, por causa da manutenção, não amorteceu a queda. Ele não teve maldade quando viu a fita. Não tinha nenhuma outra barreira física”, disse.
A família acredita que houve falha por parte do parque aquático e que o acidente poderia ter sido evitado.
“De fato, houve negligência do parque. É um lugar com muita circulação de crianças. Com certeza, se tivesse uma barreira física ou alguém tomando conta, ele não desceria de lá. Vamos esperar passar esse momento e vamos tomar as medidas cabíveis, até para que não ocorra com outras crianças”, afirmou Giliard.
O grupo Di Roma disse que está prestando toda ajuda à família e que está consternado com a situação. O clube afirmou ainda que o Corpo de Bombeiros faz vistorias frequentes no local.
Leia o comunicado na íntegra:
“O Grupo DiRoma vem publicamente lamentar e prestar profunda solidariedade à família da criança que tragicamente se acidentou nas dependências do nosso complexo.
A área em que ocorreu o acidente estava completamente fechada com tapume e devidamente sinalizada para reforma e melhorias.
O espaço, bem como todo nosso complexo, é vistoriado com rigor pelo Corpo de Bombeiros e possui todos os alvarás e licenças emitidos pelas autoridades competentes.
Em cinquenta anos de história e tradição, nunca o Grupo DiRoma sofreu uma tragédia dessa magnitude.
As investigações sobre as causas do acidente serão realizadas pela Polícia Civil.
Estamos consternados, colaborando com as autoridades, oferecendo total suporte à família nesse momento de luto.”
Com Yahoo e g1