Prefeito fala pela primeira vez sobre vídeo da sogra com cocaína
Vídeo viralizou em todo o Brasil e abalou família tradicional cristã de Campina Grande. Nas imagens, a sogra de Bruno Cunha Lima, primo do ex-governador Cássio, aparece usando cocaína em carreiras espalhadas nas nádegas de outra mulher ao som de "Stairway to Heaven"
Nas redes sociais, Bruno Cunha Lima (Solidariedade) descreve a si mesmo como “cristão salvo pela graça”, “marido de Juliana” e “prefeito de Campina Grande”, nesta ordem. Na mesma linha, sua esposa se diz “cristã”, “psicóloga”, “casada com Bruno” e “primeira-dama de Campina”.
Foi essa ‘família tradicional’ que teve as estruturas abaladas após o vazamento na última de um vídeo íntimo da mãe de Juliana, sogra de Bruno. Nas imagens, a mulher aparece usando cocaína em carreiras espalhadas nas nádegas de outra mulher ao som de “Stairway to Heaven”, de Led Zeppelin.
O assunto logo se tornou o mais comentado do Brasil, mas a família Cunha Lima, uma das mais poderosas da Paraíba, manteve silêncio até a tarde desta quarta-feira (9), quando Bruno decidiu se manifestar através do Instagram.
O prefeito garante que ele e a esposa viveram “alguns dos piores dias” de suas vidas. O político disse que tinha descoberto na semana anterior a notícia da gravidez da mulher, e na outra, a “família foi exposta ao ridículo, ao escárnio público”.
“Decidimos falar abertamente a respeito do que aconteceu porque, apesar da dor, não temos nada a esconder”, escreveu. No longo texto, Cunha Lima, que é primo do ex-governador Cássio Cunha Lima, afirmou que não pode ser responsabilizado pelas atitudes de familiares. “Muito menos de um sogro ou sogra.”
Bruno afirmou que ele e a mulher vêm sofrendo desde a divulgação do vídeo e justificou ainda que a mulher não convive com a mãe há mais de dez anos. “Vi minha esposa com seis semanas de gravidez chorar duplamente —chorar por não ter a convivência com a mãe há mais de dez anos e chorar por ver a mãe em uma situação tão delicada”, escreveu.
“Vi o quanto a nossa geração está ‘perdida’, o quanto o amor das pessoas esfriou, afinal, em vez de estender a mão para ajudar, essas mesmas mãos trabalharam para apedrejar quem já havia caído”, disse.
Em seu perfil no Instagram, Juliana Cunha Lima, mulher do prefeito, também publicou um longo texto sobre o episódio e também bateu na tecla de que não convive com a mãe há dez anos. “Deixei de morar com ela aos 16 anos”, afirmou. Juliana disse ainda que o que aconteceu “deveria ser motivo de orações e misericórdia, jamais de brincadeiras”.
Ela ainda reforçou a opinião do marido de que a família não deve ser responsabilizada pela atitude de uma pessoa: “Cada um é responsável por suas escolhas e também por suas consequências, sejam elas boas ou ruins”.