Em fala ainda mais repugnante do que a de professor que viralizou nesta semana, outro policial conta com orgulho durante aula de curso preparatório como matava mães, crianças e até bebês em 'operações' da PM na periferia. “Durante 27 anos, quem mais matou fui eu. Quem mais torturou fui eu. Uma vagabunda só vai gerar o que? Um vagabundinho. Por isso quando entrava chacinando, eu matava todo mundo: mãe, filho, bebê”
Viralizou nas redes nesta semana um vídeo em que um agente da PRF (Polícia Rodoviária Federal) descreve aos alunos a prática de uma tortura durante uma aula para concurseiros de carreiras policiais.
Nas imagens, o agente Ronaldo Bandeira conta como teria colocado um preso em uma viatura e o deixado “mansinho” com uma rajada de spray de pimenta, fechando o compartimento em seguida.
O método se assemelha ao utilizado na última quarta-feira, em Umbaúba (SE), pelos agentes da PRF que mataram Genivaldo Santos, de 38 anos. Genivaldo foi trancado na viatura com gás lacrimogêneo e os agentes não abriram a porta apesar dos gritos da vítima.
Ronaldo Bandeira, de 35 anos, passou em um concurso da PRF em 2008 e foi nomeado para a corporação três anos depois. No vídeo, datado de 2016, ele trabalhava para a Alfacon Concursos, uma empresa de Cascavel (PR) que prepara concurseiros em busca de vagas nas forças policiais. Em 2018, depois de deixar a Alfacon, Bandeira abriu sua própria empresa, que oferece cursos online.
“Matava mãe e bebê”
Neste sábado (28), mais um vídeo de um outro ex-professor da Alfacon Concursos passou a circular nas redes. Nas imagens, o ex-policial militar Norberto Florindo Junior, durante aula na Alfacon, admitiu que ao realizar operações policiais nas favelas “entrava chacinando”.
“Filho de peixinho, peixinho é. Uma vagabunda criminosa só vai gerar o quê? Um vagabundinho criminoso. Por isso que quanto eu entrava chacinando eu matava todo mundo. Mãe, filho, bebê. Foda-se. Eu já elimino o mal na fonte. Vou deixar o diabo crescer?”, afirmou.
A fala repugnante em um curso preparatório para policiais gerou revolta. “A forma como ele fala sobre isso, parece que sente orgulho. Que verme”, desabafou um internauta. “Um sádico. É de revirar o estômago. E estão todos representados pelo presidente que fez campanha falando em morte”, escreveu mais um.
Norberto Florindo Junior foi expulso da PM em 2009, mas continuou dando aula em cursos preparatórios para policiais.
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