Polícia Militar

Polícia Federal prende quatro PMs que transportavam 77kg de ouro

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Um dos chefes da Polícia Militar de São Paulo e outros três PMs estão entre os detidos por escoltar 77 quilos de ouro. A carga é avaliada em R$ 23 milhões

Imagem: Polícia Federal

A Polícia Federal apreendeu na última quarta-feira (4) 77 kg de ouro, em Sorocaba, no interior de São Paulo. A operação prendeu seis suspeitos, dos quais quatro são policiais militares. Dois dos detidos fazem parte da Casa Militar, órgão que cuida da segurança do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Há suspeita de que o ouro, avaliado em R$ 23 milhões, seja de origem ilegal, segundo a PF. O material foi transportado em um avião particular de modelo King Air, que aterrissou no Aeroporto Estadual Bertrand Leupolz, em Sorocaba. Os suspeitos foram abordados em seguida, na rodovia Castello Branco, no sentido de São Paulo.

Dentro dos veículos, foram encontradas três malas cheias de ouro e uma quarta mala, que continha documentos. A Polícia Federal informou em nota que o metal foi encaminhado a um laboratório para perícia. A suspeita é de que o metal tenha origem no Mato Grosso e Pará.

Leia também: Guerra faz preço do ouro subir e estimula retomada de garimpo ilegal no Pará

Seis suspeitos foram conduzidos à Delegacia da Polícia Federal em Sorocaba

Entre eles, há quatro policiais militares: o tenente-coronel da PM Marcelo Tasso, oficial da Casa Militar do governo de São Paulo, órgão que cuida da segurança do governador, entre outras funções; o sargento da PM Gildsmar Canuto, também da Casa Militar; o soldado da PM Douglas Cristiano Burin; e o terceiro-sargento da reserva da PM Marcelo Dantas.

Outros dois presos, Wilson Roberto de Lucca e Marcos Pereira dos Santos, eram os motoristas dos carros. Foi instaurado um inquérito policial para apurar a possível prática dos crimes de usurpação de bens da União e receptação dolosa.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo registrou um boletim de ocorrência de “averiguação de extração irregular de minério” e disse em nota que Marcelo Tasso está afastado do trabalho desde desde outubro do ano passado para cumprir licenças pendentes para a sua aposentadoria.

À CNN, o Palácio dos Bandeirantes disse que a Casa Militar afastou imediatamente o outro policial detido. Ao portal G1, Tasso afirmou que o ouro não é ilegal e tem documentação. A Corregedoria da Polícia Militar acompanha o caso. O governador Rodrigo Garcia (PSDB) disse ao G1 que vai aguardar a investigação da Corregedoria para se pronunciar.

A corregedoria já abriu uma averiguação pra que a gente não faça nenhum pré-julgamento e avalie se esse membro da Polícia Militar correspondia com as funções dentro da lei no seu momento de folga e na sua licença prévia, que é o que ele tá usufruindo”, afirmou o governador .

Com Nexo, Metrópoles e G1

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