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Repórter da Record é atingida por tomate em transmissão ao vivo: “Humilhação”

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Repórter da Record desabafa após ser atingida por tomate enquanto reportava o impacto da inflação: "Foi humilhante e me afetou profissionalmente. Doeu, quando entendi o que estava acontecendo não segurei o choro. Hoje foi um tomate. Amanhã vai ser o que mais? Uma pedra, um tiro? Todos os dias saio de casa sabendo que vou encontrar algum problema na rua. As pessoas estão intolerantes [...]"

Uma repórter da TV Record foi atingida por um tomate na manhã desta quinta-feira (12) durante uma entrada ao vivo no jornal ‘DF no AR’, em Brasília. Jéssica Nascimento, de 30 anos, usou as redes sociais para desabafar e contar que chorou após entender o ocorrido por ter se sentido humilhada.

Em postagem no Instagram, ela compartilhou o vídeo do momento em que sofre o ataque ao vivo e publicou um longo desabafo lamentando que o episódio poderia ter sido trágico.

“Não tem um dia sequer que eu não saia de casa pra trabalhar e peça pra Deus pra que eu volte em paz, com segurança. Ser jornalista não é fácil. Ainda mais nos tempos de hoje. Somos repudiados, oprimidos, xingados e hoje? fui humilhada e agredida”, disse.

Jéssica contou que estava no Ceasa desde às 5h30 para reportar o impacto da inflação nos preços dos alimentos. Assim que foi chamada para entrar ao vivo, por volta das 7h33, ela detalhou que sofreu o ataque do tomate e não conseguiu segurar as lágrimas.

“Quando fui chamada, fui atingida fortemente por um tomate. Doeu, quando entendi o que estava acontecendo não segurei o choro, e sai de frente das câmeras”, continuou.

A jornalista encerrou o desabafo relatando temer pelo futuro e revelando que o responsável por atingi-la com o tomate ainda não foi identificado.

“Hoje foi um tomate. O que me espera amanhã? O sentimento de humilhação e revolta é grande, mas o medo supera, viu? Medo por mim, pelos meus colegas, pelos meus. Só nos deixem trabalhar, por favor. E espero que o responsável seja identificado e pague por esse ato ridículo!”, finalizou.

Em nota, a central de abastecimento se solidarizou com a repórter e afirmou que “repudia qualquer ato de violência, especialmente contra jornalistas em exercício da profissão, no interior desta empresa e em qualquer outro lugar”. . A empresa também garantiu que os “fatos serão apurados e as pessoas envolvidas, responsabilizadas”.