Romário lidera disputa pelo Senado no Rio de Janeiro, revela pesquisa
Candidato de Bolsonaro, Romário tem 19 pontos de vantagem para o segundo colocado na disputa pelo Senado no Rio de Janeiro. Na eleição para governador, há empate técnico entre Freixo e Castro, mostra pesquisa Ipec
Pesquisa Ipec publicada nesta segunda-feira, 23, mostra que Romário (PL) lidera as intenções de voto para o Senado no estado do Rio de Janeiro. No cenário mais amplo, com seis pré-candidatos, o ex-jogador aparece com 29% das intenções de voto.
Em seguida, está Cabo Daciolo (PDT), com 10%, tecnicamente empatado com os deputados federais Alessandro Molon (PSB) e Daniel Silveira (PTB), ambos com 8%, e com o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, André Ceciliano, que tem 6%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais e, neste ano, somente uma vaga estará em disputa.
Na última colocação e no limite da margem de erro, com 4%, está a pré-candidata do PSOL, Luciana Boiteux. Já os que dizem votar em branco ou nulo, somam 24%, enquanto 11% não souberam ou não responderam.
No segundo cenário testado, com somente três nomes — Romário, Ceciliano e Luciana — o candidato do PL amplia ainda mais a vantagem: ele aparece na ponta e marca 39 pontos percentuais, enquanto Ceciliano aparece em segundo, com 11%, e Luciana, com 7%, na terceira colocação. Os percentuais de votos em branco ou nulos (32%) também aumentam, enquanto 11% declaram-se indecisos.
Uma terceira simulação reduz a disputa para dois pré-candidatos: Romário, hoje o nome oficialmente apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), e Ceciliano, correligionário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Neste cenário, foi levado em consideração não só o nome do postulante ao Senado, mas também o de seu apoiador.
Com o apoio de Lula, Ceciliano turbinou seu desempenho e marcou 40% das intenções de voto, o único cenário em que ele assume a primeira colocação. Ainda assim, considerando o limite da margem de erro de três pontos percentuais, ele fica tecnicamente empatado com Romário, que marcou 34 pontos percentuais com o apoio de Bolsonaro. Nesta simulação, os que pretendem votar em branco ou anular o voto somam 20% e os indecisos, 5%.
O apoio de ambos os candidatos à Presidência tem sido, de fato, disputado pelos postulantes ao Senado. No campo da esquerda, Ceciliano tenta minar a candidatura de Molon, que sonha em ter o apoio de Lula para se fortalecer e seguir até o fim na disputa. Enquanto isso, o presidente da Alerj também tem ampliado sua aliança, se aproximando inclusive do governador Cláudio Castro, que pertence ao mesmo partido de Bolsonaro.
Do outro lado, Romário é o nome oficial do presidente e de seu partido. Mas com a repercussão de seu imbróglio judicial, da prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e do indulto concedido por Bolsonaro, Daniel Silveira tenta captar o eleitorado bolsonarista no estado para se viabilizar na disputa e conseguir o apoio do chefe do Executivo.
Já na pesquisa espontânea, que não apresenta o nome dos postulantes e pergunta livremente aos eleitores em quem votariam, a grande maioria dos entrevistados não soube responder: 71%. Outros 20% afirmaram que pretendem votar em branco ou nulo.
Entre os pré-candidatos, Romário segue na liderança com 3%, seguido por Daniel Silveira (2%), Alessandro Molon (1%) e André Ceciliano (1%). Outros pré-candidatos, que não chegaram a 1% cada um, somam 3 pontos percentuais no total.
A pesquisa Ipec também avaliou a rejeição dos nomes hoje colocados para a disputa ao Senado. Neste questionamento, os eleitores podiam citar um ou mais candidatos em quem não votariam de jeito nenhum.
Entre os mais rejeitados, estiveram o pedetista Cabo Daciolo e o deputado bolsonarista Daniel Silveira, ambos com 25%. Molon e Romário os seguiram de perto, com 24% de rejeição, antes de Ceciliano, que marcou 20%. Outros 14% disseram que não votariam em Luciana Boiteux de jeito nenhum. Outros 19% não souberam ou não responderam, enquanto 2% disseram que poderiam votar em qualquer um dos nomes.
Cenário da disputa pelo governo
Na disputa pelo governo do Rio, a pesquisa aponta empate técnico na liderança entre o atual governador Cláudio Castro (PL), o deputado federal Marcelo Freixo (PSB), e o ex-prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) para a eleição deste ano para o governo do Rio de Janeiro. Em um segundo cenário testado pela pesquisa, sem a presença do ex-prefeito da capital fluminense, Castro e Freixo também aparecem empatados na margem de erro, com 18% e 17%, respectivamente.
Apesar de aparecer no primeiro cenário da pesquisa, Marcelo Crivella é mais cotado pelo Republicanos a tentar uma cadeira no Senado ou na Câmara Federal.
No primeiro levantamento estimulado – com mais nomes na disputa -, Castro e Crivella têm 16% das intenções de voto cada, e Freixo tem 15%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
Em seguida, aparecem os demais concorrentes, tecnicamente empatados. São eles: Rodrigo Neves (PDT), com 6%, Cyro Garcia (PSTU), com 5%, Eduardo Serra (PCB), marcando 3%, Felipe Santa Cruz (PSD), com 2%, e Paulo Ganime (Novo), com 1%.
Este é o primeiro levantamento do Ipec para o governo do Rio de Janeiro neste ano.
O Ipec também pesquisou o cenário presidencial no Rio
Lula tem 46% das intenções de voto no estado, seguido por Bolsonaro, com 31%. Ciro Gomes aparece com 4%, enquanto João Doria (PSDB), que deixou a disputa nesta segunda, vem com 2%. André Janones (Avante), Felipe d’Ávila (Novo), Simone Tebet (MDB) e Vera Lucia (PSTU) marcaram 1%. Já Eymael (DC), Leonardo Péricles (UP), Luciano Bivar (União), Pablo Marçal (Pros) e Sofia Manzano (PCB) não pontuaram. Brancos e nulos somaram 7%, e 5% não souberam ou não responderam.
A pesquisa realizou 1.008 entrevistas no estado do Rio de Janeiro entre os dias 19 e 22 de maio. O nível de confiança, segundo o instituto, é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-04025/2022 e no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o protocolo Nº RJ-07114/2022