Vídeo registra momento em que exército lança foguete desgovernado em GO
Foguete do Exército erra direção, cai em área residencial em GO e civis relatam desespero: "Caiu perto, a gente só pulou e agradecemos por estarmos vivos". Caso repercutiu nas redes: "Os caras compram viagra, não conseguem disparar um míssil e querem fiscalizar as urnas? Era melhor continuar pintando meio-fio"
O Exército brasileiro abriu investigação para apurar uma falha no lançamento de um foguete padrão, em Formosa (GO), nesta quarta-feira, que acabou caindo em uma plantação, fora do campo de treinamento militar (vídeo abaixo).
O dispositivo, de alcance reduzido e baixa carga explosiva, apresentou um problema técnico que levou ao desvio de rota. O episódio assustou moradores da região devido à proximidade do local com um galpão de combustíveis.
Lavradores contaram que se assustaram com a queda do foguete. “Eu vi o foguete vindo, achei que ia cair na área do Exército, mas caiu próximo à gente. Uma distância de mais ou menos uns 100 metros”, comentou o trabalhador Enilson dos Santos Gomes. “Foi um tremor bem forte, na hora a gente só pulou no chão e deu graças a Deus que a gente pôde levantar com vida”, continuou Enilson.
“Eu pensei que fosse um avião que estava passando e daqui a pouco ouvi um impacto. Eu pensei que tinha caído o avião. Meu funcionário pediu socorro no rádio e eu saí correndo. Levantou poeira demais”, disse o produtor rural João Gouveia.
O incidente repercutiu entre políticos. O deputado José Nelto (PP-GO) afirmou que irá convidar o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, o comandante do Exército, general Freire Gomes e outros representantes das Forças Armadas.
“É um míssil do Exército e não do Putin. Caiu em uma plantação de soja e milho, perto de um galpão de combustíveis. É perto da cidade. Isso nunca tinha acontecido. Exército vai ter que vir ao Congresso dar todas as explicações”, disse o deputado federal.
Internautas também repercutiram o caso. “Os caras compram viagra, não conseguem disparar um míssil e querem fiscalizar as urnas? Era melhor continuar pintando meio-fio”, escreveu um usuário. “Rapaz, esse pessoal começou a passar vergonha e nunca mais parou! De 100 a 0 em 4 anos”, observou outra.