Educação

Ator Mário Gomes presta queixa por conta de meme de Jesus em prova do filho

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Bolsonarista Mário Gomes reclama de prova no colégio onde o filho estuda e diz que o adolescente sofreu 'intolerância religiosa'. "Isso aqui é um sacrilégio, uma agressividade contra uma criança e meu filho é católico e temente a Deus". A questão discursiva deixa claro que se trata de um meme

Mário Gomes

O ator Mário Gomes não entendeu um meme na prova do filho adolescente e acabou levando o caso para a delegacia na última sexta-feira (27/5). Mário acusa a escola de ‘intolerância religiosa’ por conta de questão discursiva envolvendo a famosa obra do pintor espanhol Diego Velázquez.

Em vídeo postado no Instagram, Mário aparece na delegacia. “Isso aqui é um sacrilégio. ‘Bandido bom é bandido morto’, como se Jesus Cristo fosse algum bandido. Alguém que pregou a paz, que pregou a compreensão, o entendimento entre a pessoas, e aí, a gente está aqui na frente do inspetor, muito atencioso e solidário, e compreendeu completamente a nossa posição, que é uma agressividade contra uma criança e meu filho é católico praticante temente a Deus”, diz o ator.

A questão que despertou a indignação de Mário Gomes cita um meme em que uma reprodução de Cristo Crucificado, do pintor espanhol Diego Velásquez, aparece com a frase “Bandido bom é bandido morto”. A questão deixa claro que se trata de um meme e pede para que os alunos respondam o seguinte questionamento:

“Este é um meme criado a partir da obra “Cristo Crucificado”, do pintor espanhol Diego Velásquez. Considerando o meme, identifique pelo menos um dos três tipos puros de dominação conceitualizados por Weber [jurista Max Weber]. Justifique-se, sempre em termos weberianos”, pede a questão, que vale 3 pontos.

A questão de sociologia cita o jurista Max Weber (1864-1920), teórico que detalhou as críticas a formas de poder, e ainda hoje é muito estudado nas ciências humanas.

Para tentar gerar alcance e repercussão na sua denúncia no Instagram, Mário Gomes marcou os perfis de Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Leda Nagle. A Polícia Civil informou que abriu um inquérito para investigar o caso e disse que todos os envolvidos serão ouvidos.

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