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EUA atiram ‘gasolina no fogo’ ao prometerem nova ajuda militar à Ucrânia

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Biden anunciou envio de mísseis 'mais avançados' à Ucrânia nesta quarta; para Moscou, tais remessas não contribuem para a retomada de 'conversas de paz'

Joe Biden em discurso (Imagem: Peter Zay | Anadolu)

Opera Mundi

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse na manhã desta quarta-feira (01) que os Estados Unidos estão “atirando gasolina no fogo deliberadamente” ao prometer o envio de mísseis “mais avançados” para a Ucrânia.

“Tais remessas não contribuem para reacender na liderança ucraniana o desejo de retomar as conversas de paz”, afirmou Peskov, reforçando que Moscou não descarta uma reunião entre o presidente do país, Vladimir Putin, e o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Já o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Ryabkov, alertou que “qualquer fornecimento de armas aumenta o risco de um confronto direto entre EUA e Rússia”.

As reações aconteceram depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia com o envio do sistema de mísseis “mais avançados”.

Segundo o líder norte-americano, os sistemas não são capazes de atingir o território russo e foram entregues com a condição de não serem usados em conflitos fora da fronteira ucraniana. “Não queremos prolongar a guerra apenas para infligir dor à Rússia”, afirma.

Por sua vez, Peskov disse não confiar na promessa de Zelensky em não utilizar os equipamentos contra o território de seu país, mencionando acordos anteriores que também “não foram cumpridos”, como os Acordos de Minsk.

Por meio de um artigo publicado no jornal The New York Times, “O que a América vai fazer e não vai na Ucrânia”, o mandatário norte-americano afirmou que seu objetivo é ver uma “Ucrânia soberana”, com meios para de defender de agressões.

“É por isso que decidi que vamos abastecer os ucranianos com sistemas de mísseis mais avançados e munições que vão permitir ataques mais precisos contra alvos-chave no campo de batalha”, diz Biden no artigo, mas sem entrar em maiores detalhes sobre que tipo de armamento será enviado a Kiev.

No editorial, o presidente ainda se compromete a ajudar a Ucrânia financeiramente, combater a iminente crise alimentar no planeta e reforçar o flanco oriental da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Em seguida, diz que não pretende remover o presidente da Rússia, Vladimir Putin, do poder. “Não queremos uma guerra entre a Otan e a Rússia”, disse Biden.

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