Pai mata o filho de 11 anos com disparo acidental e entra em desespero
O homem é atirador esportivo e tem quatro armas de fogo em casa. Acidente ocorreu quando ele tirava uma foto de uma das armas que pretendia vender pela internet. Policiais dizem que o pai escreveu uma carta após a tragédia com um pedido de perdão e tentou se matar
Um menino de 11 anos morreu após ser atingido por um tiro disparado pelo pai dentro de casa na última sexta-feira (27/05) em Formosa (GO), no Entorno do Distrito Federal. Desesperado, o homem de 41 anos escreveu uma carta com pedido de perdão e depois atirou no próprio rosto. “Foi acidente. Matei meu filho. Deixa eu morrer. Matei meu filho por acidente. Peço perdão”, escreveu o pai na carta.
Agentes da Polícia Militar foram chamados após o primeiro disparo e, chegando na residência, ouviram o segundo tiro. Eles encontraram o pai ferido, com a criança já sem vida.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e conseguiu estabilizar o pai. Ele foi levado para o Hospital Regional de Formosa.
“O pai, a princípio, não corre risco de morte. Mas os policiais encontraram uma cena muito triste: o pai com um tiro no rosto segurando o filho no colo. Ele estava desesperado e correu pela casa com o menino”, explicou o delegado Danilo Meneses.
A Polícia Civil investiga o caso como tiro acidental. O delegado contou que policiais militares chegaram na residência, no Setor Formosinha, e logo ouviram o barulho de um segundo tiro. Foi o disparo que o pai fez no rosto após atirar no filho.
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O pai da criança que não teve nome divulgado continua hospitalizado, mas não foram revelados maiores detalhes sobre seu estado.
Colecionador de armas
Segundo relatou a polícia, o homem tem registro de colecionador de armas de fogo, atirador desportivo e caçador (CAC), tendo quatro registradas no seu nome: um revólver, uma pistola, um rifle calibre 22 e a espingarda calibre 12.
Por uma dificuldade financeira, porém, ele decidiu vender a espingarda, a qual disparou acidentalmente. “Ele ia tirar uma foto da arma que estava vendendo, que é legalizada, e o filho estava por perto. Possivelmente ele acionou o gatilho sem perceber”, contou o delegado.
Fatalidade
A cena chocou os policiais. “Mais uma fatalidade com o manuseio de armas de fogo que, infelizmente, acabou por ceifar a vida dessa criança”, lamentou o delegado.
“O recado que a gente deixa para a família é: força e sabedoria para lidar com esse momento. Que eu tenho certeza que é um momento muito difícil, de muita dor. É uma situação em que nenhuma palavra que eu disser aqui vai poder descrever toda tensão, toda dor das pessoas próximas do filho e do pai estão vivendo nesse momento”, concluiu o delegado.
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A Polícia Civil instaurou um inquérito para esclarecer as circunstâncias do episódio.
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