A questão é que não vale fazer o “L” para mudar o país, assim como não resolveu ficar fazendo “arminha com o dedo”; o que resolve é uma participação ampla da população e dos movimentos sociais, para poderem juntos pressionar o governo por suas reivindicações
Danilo Espindola Catalano*
Anitta mostrou ao Brasil e o mundo o que é a verdadeira necessidade do país e do seu povo nas eleições, mas infelizmente, não conseguiu explicitar o seu conhecimento político de forma clara, que pudesse mostrar aos brasileiros a verdadeira face do que é saber votar e ter um pensamento político social.
É óbvio que devemos estar longe de julgar a ideia de Anitta se pronunciar ao uso partidário de sua imagem, ela não é obrigada a ser petista, como ninguém é, cada um tem que escolher o partido e a ideologia que lhe convenha.
Mas, a verdadeira questão é outra, pois mesmo tendo uma atitude pessoal de sua imagem, que se vende mais ao mercado do que ao Estado, Anitta, ao não dizer sua ideologia, mostra que entrou na onda, como diversos brasileiros.
O que quero dizer com “entrar na onda”, é que ela sabe o erro de se votar novamente em um presidente como o que temos, sabe o perigo e o que representa Jair Messias Bolsonaro (PL), mas, não segue uma ideia que ela acredite, como está ocorrendo com diversos eleitores do ex-presidente Lula.
Claro, é mais importante comer do que pensar em uma ideologia, mas de que adianta comer, se as questões sociais podem seguir da mesma forma. O medo aqui é o PT voltar ao poder e não resolver seus erros, acreditar que seus doze anos de poder foram além de bons, foram extremamente perfeitos e infalíveis de falha.
Além disso, é possível ver pseudos espertalhões serem contra analfabeto votar, sendo que nem sabem como funciona o voto proporcional e ficam assustados quando seu candidato ao legislativo é o mais votado mas não é eleito.
↗ Como diferenciar a direita da esquerda?
A defasagem no aprofundamento político das pessoas, deve-se a falta de uma educação que mostre e ensine, tanto a analfabeto como o alfabetizado a saberem o mínimo sobre o sistema eleitoral brasileiro, para que dessa forma, não acreditem em falsos profetas.
Anitta é apenas o resultado dessa falta de estudo político que apresento como uma das defasagens da educação brasileira, pois, ela se preocupa com um voto imediato em uma eleição e não em um trabalho de base a longo prazo, o que é mais eficaz para a melhora da vida da população.
É óbvio que o ser humano precisa dos produtos básicos, que é o que nem um cidadão está conseguindo fazer dentro do supermercado, ou até apenas para comprar um botijão e tem que cozinhar a lenha, à moda rústica de minha bisavó voltou a ser uma saída e não um estilo gourmet para a esquerda cirandeira se deliciar com alimentos da roça. A questão aqui é que um cidadão bem alimentado, com seus direitos, deve exercer o seu papel, seja qual presidente que for, que esteja no poder, a luta deve sempre ser para a melhora e essa luta só pode ser entendida pelo cidadão se ele tem uma boa educação.
É óbvio que o ser humano precisa dos produtos básicos, que é o que nem um cidadão está conseguindo fazer dentro do supermercado, ou até apenas para comprar um botijão e tem que cozinhar à lenha, à moda rústica de minha bisavó voltou a ser uma saída e não um estilo gourmet para a esquerda cirandeira se deliciar com alimentos da roça.
A questão aqui é que um cidadão bem alimentado, com seus direitos, deve exercer o seu papel, seja o presidente for, que esteja no poder, a luta deve sempre ser para a melhora da vida e essa luta só pode ser entendida pelo cidadão se ele tem uma boa educação. A questão é que não vale fazer o “L” para mudar o país, assim como não resolveu ficar fazendo “arminha com o dedo”; o que resolve é uma participação ampla da população e dos movimentos sociais, para poderem juntos pressionar o governo por suas reivindicações, mas isso só pode ocorrer se estes cidadãos que compõem a população, tenham um mínimo de educação para poderem compreender melhor seu papel na sociedade.
*Danilo Espindola Catalano é escritor, pesquisador e professor de espanhol, dedicado a passar a cultura latino-americana aos seus alunos. Graduado em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, pós-graduando em Metodologia do Ensino da Língua Espanhola e Especializando em Educação e Cultura pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais Brasil.
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