Delegado Paulo Bilynskyj publicou vídeos nas redes sociais atirando e prometendo "lutar contra a esquerda" no 7 de setembro. Corregedoria da Polícia Civil decidiu retirar a arma e o distintivo do bolsonarista
A Polícia Civil de São Paulo retirou a arma e o distintivo do delegado Paulo Bilynskyj, que publicou vídeos em suas redes sociais em que aparece atirando, ataca a esquerda e convoca as pessoas a participarem dos atos em apoio a Jair Bolsonaro (PL) em 7 de setembro.
A Corregedoria da Polícia Civil fez a solicitação pela retirada da arma e do distintivo e o delegado-geral, Osvaldo Nico Gonçalves, concordou com a medida nesta quinta-feira (28).
Nos vídeos em sua conta com quase 700 mil seguidores, Bilynskyj, que também é instrutor de tiro, publica fotos em que aparece com a bandeira do Brasil sobre os ombros, segura um fuzil e diz que seu plano é “lutar com toda força para que não dê merda” nas eleições, em referência a uma possível vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em outro vídeo, um seguidor pergunta se ele respeitaria a decisão da maioria caso Lula vencesse, ao que ele responde afirmativamente, acrescentando que “é por saber que isso vai destruir o Brasil” que tem “trabalhado tanto. “Não podemos deixar a esquerda voltar”, concluiu.
Em vídeo mais recente, Bilynskyj aparece em um treinamento de tiro disparando contra alvos. A gravação é uma resposta a um seguidor que perguntou se ele participará do 7 de setembro de Jair Bolsonaro e sobre um “possível ataque” no dia. O delegado escreveu que estará lá e classificou como “fracote” quem não comparecer.
Bilynskyj ganhou espaço no noticiário em 2020, quando as circunstâncias da morte da sua ex-namorada não conseguiram ser esclarecidas. A princípio, investigadores relataram que houve uma briga entre o casal, um tiroteio muito intenso dentro do apartamento e suspeitaram de feminicídio. Posteriormente, a Polícia Civil afirmou que Priscila Barrios teria disparado seis vezes contra o policial e se matou com um tiro no peito. Os advogados da família de Priscila contestaram a versão, mas a Justiça decidiu arquivar o caso.
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