

Alan Santos/PR
Empresários bolsonaristas cancelam participação em evento após mensagens sobre golpe vazadas. Os milionários afirmaram preferir uma ruptura institucional do que o retorno de Lula ao Palácio do Planalto. Senador Randolfe acionou a Justiça para pedir a prisão dos bilionários
Dois integrantes do grupo bolsonarista “Empresários e Política”, cujas mensagens de ameaças golpistas foram divulgadas, cancelaram a ida a um evento nesta sexta-feira (19), no Hotel Unique, em São Paulo.
Meyer Nigri, da empreiteira Tecnisa, e José Isaac Peres, da gigante de shoppings Multiplan, cancelaram sua participação em um debate promovido pelo grupo Esfera Brasil, que iria pautar o equilíbrio entre poderes depois das mensagens se tornarem públicas. Ambos ficariam na plateia.
O evento terá a participação na mesa de debate dos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O grupo de empresários apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) defendeu a deflagração de um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições. O grupo se organiza pelo Whatsapp, onde, além de incitarem um golpe, tecem ataques ao STF, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a todos que estejam contra Bolsonaro.
Agora, o senador Randolfe Rodrigues (Rede) quer que eles sejam presos. O parlamentar acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (17) para que a Polícia Federal e o Ministério Público. Entre as medidas solicitadas, estão a quebra de sigilo, congelamento de contas e prisão preventiva.
SAIBA MAIS: Quem são os empresários bolsonaristas que defenderam um golpe de estado
Algumas das figuras do grupo são bastante conhecidas. O primeiro é Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, e grande militante bolsonarista. Além dele, estão presentes Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da rede de shoppings Multiplan; José Koury, do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca de Mormaii.
→ SE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI… considere ajudar o Pragmatismo a continuar com o trabalho que realiza há 13 anos, alcançando milhões de pessoas. O nosso jornalismo sempre incomodou muita gente, mas as tentativas de silenciamento se tornaram maiores a partir da chegada de Jair Bolsonaro ao poder. Por isso, nunca fez tanto sentido pedir o seu apoio. Qualquer contribuição é importante e ajuda a manter a equipe, a estrutura e a liberdade de expressão. Clique aqui e apoie!