Simone Tebet (Imagem: Waldemir Barreto | Agência Senado)
Simone Tebet acredita que o orçamento secreto do governo Bolsonaro pode ser o "maior esquema de corrupção do Planeta Terra". A presidenciável diz que nunca na história tanto dinheiro foi desviado para comprar parlamentares e afirma que, se for eleita, vai abrir a 'caixa preta' do esquema
Levy Guimarães, O Tempo
Candidata à presidência da República pelo MDB, a senadora Simone Tebet prometeu abrir “a caixa preta do Orçamento” caso seja eleita. Na segunda-feira (1), ela participou de sabatina a empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Tebet voltou a fazer críticas às chamadas emendas de relator, uma fatia do Orçamento da União distribuída pelo relator-geral sem obrigação de atender a todos os critérios de transparência. Por isso, ficaram conhecidas como “orçamento secreto”.
“O primeiro ato do próximo presidente será baixar um ato normativo exigindo que os ministros abram a caixa preta do Orçamento. Queremos saber quem é que indicou, para onde foi e se essas obras foram devidamente executadas e se a obra foi executada e se foi superfaturada ou não”, afirmou.
Segundo a senadora, hoje há “meia dúzia de parlamentares” que, na figura do relator do Orçamento,” têm mais poder do que o presidente da República”. No ano de 2022, cerca de R$ 16 bilhões foram destinados às emendas.
“Nós podemos estar adiante, já em outubro deste ano, no mais tardar no ano que vem, da denúncia comprovada do maior esquema de corrupção da história do planeta Terra”, destacou a candidata.
Outra promessa feita por Simone Tebet na Fiesp é, assim que eleita, ir em um cartório e registrar que não será candidata à reeleição. Dessa forma, na avaliação dela, seria possível aprovar em seis meses reformas como a tributária e a administrativa.
A empresários, a parlamentar reafirmou que terá uma mulher como sua vice. Apesar de o martelo ainda não ter sido batido, é esperado o anúncio da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) para compor a chapa.
Candidatos na Fiesp
Simone Tebet foi a terceira candidata ao Planalto a comparecer à sabatina da Fiesp. Ciro Gomes (PDT) e Felipe D’avila (Novo) também falaram aos empresários da entidade.
Na semana que vem, são esperadas as presenças de Lula (PT) no dia 9 e do presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 11.
A Fiesp elaborou um documento, entregue aos candidatos, contendo propostas e sugestões para o próximo mandato, de 2023 a 2026. No texto chamado de Diretrizes Prioritárias, a federação também pede que os presidenciáveis respeitem a democracia.
“A estabilidade democrática e o respeito ao estado de direito são condições indispensáveis para o Brasil superar os seus principais desafios”, diz trecho do documento encaminhado aos presidenciáveis.
O texto é dividido em 13 eixos: Ambiente Macroeconômico; Reforma Tributária; Política Industrial; Inovação e Tecnologia; Comércio Exterior; Infraestrutura; Educação; Política Social; Construção Civil e Habitação; Agronegócio; Economia Verde; Modernização Trabalhista, e Segurança Jurídica.
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