ELEIÇÕES 2022

Pesquisas: Haddad vence em SP, Castro lidera no RJ e Zema em MG

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Haddad abre vantagem sobre candidato de Bolsonaro em São Paulo. No Rio de Janeiro, Castro tem 26% e Freixo 23%. Em Minas, Zema venceria no primeiro turno e Kalil mostra dificuldade para reagir

Imagem: reprodução

O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) está à frente na eleição para o Governo de São Paulo com 38% das intenções de votos, segundo a pesquisa estimulada do Datafolha. Em seguida, aparecem o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 16%, e o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), com 11%.

Atrás deles estão Carol Vigliar (UP, 2%), Gabriel Colombo (PCB, 2%), Elvis Cezar (PDT, 1%), Vinicius Poit (Novo, 1%), Altino (PSTU, 1%) e Edson Dorta (PCO, 1%). Antonio Jorge (DC) não foi incluído na pesquisa por ter registrado sua candidatura após o registro da pesquisa. Brancos e nulos somam 17% e os indecisos, 11%.

Na pesquisa espontânea, Haddad marca 13%, Tarcísio chega a 8% e Rodrigo tem 3%. O contingente de eleitores que declara não saber em quem votar na pesquisa espontânea é de 57% —eram 72% na última pesquisa, no fim de junho.

Os números mostram que o cenário de segundo turno está indefinido, o que tem levado Tarcísio e Rodrigo a uma disputa paralela por uma vaga na segunda etapa da votação.

A pesquisa Datafolha, contratada pela Folha e pela TV Globo, ouviu 1.812 pessoas em 72 cidades do estado de terça (16) a quinta-feira (18). A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número SP-02170/2022.

Haddad tem o ex-presidente Lula (PT) como padrinho, enquanto Tarcísio é o candidato de Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo. Ambos tentam replicar no estado a polarização nacional –o Datafolha mostra que, entre os paulistas, o petista lidera com 44% contra 31% do presidente.

Já Rodrigo, que esconde o padrinho João Doria (PSDB) e tem se apoiado sobretudo no legado de Mário Covas (PSDB), busca evitar a nacionalização da campanha paulista e afirma ser contra a briga ideológica.

Num eventual segundo turno entre Haddad e Tarcísio, o petista vence o bolsonarista por 53% a 31%.

Castro e Freixo empatam tecnicamente no RJ

No Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro (PL) e o deputado federal Marcelo Freixo (PSB) lideram as intenções de voto para o Governo.

Castro tem 26% e Freixo, 23% da preferência do eleitorado. Os dois estão tecnicamente empatados, já que a margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou menos. O empate técnico entre os dois se mantém desde a pré-campanha.

O cenário de empate entre os dois também se reproduz na simulação de segundo turno feito pela primeira vez pelo Datafolha. Freixo aparece com 39% e Castro, com 38%. Declararam votar nulo 18%, e 5% não opinaram.

Os dois líderes estão distantes na simulação de primeiro turno do ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT), que registrou 5% das intenções de voto. O pedetista não apresentou mudança de patamar em relação às pesquisas anteriores após a aliança firmada com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que retirou Felipe Santa Cruz (PSD) da disputa para ser vice na chapa.

Também com 5% aparece Eduardo Serra (PCB), seguido de Wilson Witzel (PMB) e Cyro Garcia (PSTU), ambos com 4%, Juliete (UP), com 2%, Paulo Ganime (Novo), com 1%, Milton Temer (PSOL), com 1%. Luiz Eugênio (PCO) não atingiu um ponto percentual.

Witzel registrou a candidatura, mas está inelegível em razão de punição imposta no processo de impeachment que o afastou definitivamente do cargo em abril de 2021. Ele ainda tenta reverter o impedimento na Justiça.

Declararam voto branco ou nulo 19% dos entrevistados e 10% afirmaram estar indecisos.

O levantamento, contratado pela Folha e TV Globo, foi realizado de terça (16) a quinta-feira (18) e entrevistou 1.204 eleitores no estado. Ele está registrado no TSE sob o número RJ-05939/2022.

Zema lidera em MG

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), lidera a disputa eleitoral no estado com 47% das intenções de voto, ante 23% de Alexandre Kalil (PSD), segundo pesquisa Datafolha. O terceiro colocado é Carlos Viana (PL), com 5%, seguido de Vanessa Portugal (PSTU) e Renata Regina (PCB), ambas com 2%.

A pesquisa foi realizada com 1.216 entrevistados de terça (16) a quinta-feira (18), em 60 municípios do estado. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Marcaram 1% Marcus Pestana (PSDB), Cabo Paulo Tristão (PMB), Lourdes Francisco (PCO) e Lorene Figueiredo (PSOL). Indira Xavier (UP) não pontuou. Os indecisos somam 9%, e os votos brancos e nulos, outros 9%.

O levantamento, contratado por Folha e TV Globo, foi registrado no TSE sob o número MG-06603/2022.

Trata-se da primeira pesquisa do instituto após a oficialização das candidaturas, cujo prazo de registro na Justiça Eleitoral se encerrou na segunda-feira (15).

No levantamento, o Datafolha também questionou os entrevistados sobre a avaliação do governo Zema. Disseram que a gestão é ótima ou boa 47%, ante 15% que a consideram ruim ou péssima. Para outros 33%, o trabalho do governador é regular.

O instituto também pesquisou as intenções de voto em eventual segundo turno com os dois candidatos mais bem posicionados. Zema aparece à frente, com 56% dos votos, ante 33% de Kalil. Brancos e nulos somam 7% nesse cenário, e indecisos, 3%.

Líder, Zema se aproximou do bolsonarismo ainda na campanha de 2018 e evitou bater de frente com o presidente da República ao longo do mandato. O candidato à reeleição, por exemplo, deixou de assinar cartas divulgadas por governadores com críticas a Bolsonaro durante a pandemia do coronavírus.

Na pré-campanha, porém, não buscou uma aliança formal com ele sob o argumento de que seu partido tem candidato próprio no plano nacional. O PL decidiu, então, lançar para o governo mineiro o senador Viana. Em evento em Juiz de Fora, na terça-feira (16), no entanto, Bolsonaro escondeu o correligionário.

O oposicionista Kalil, ex-prefeito de Belo Horizonte, é apoiado pelo PT do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele renunciou à prefeitura em março para disputar o governo estadual. A pesquisa Datafolha mostra diferenças expressivas entre o eleitorado do interior e da região metropolitana da capital mineira.

No levantamento sobre o primeiro turno, Kalil vai a 42% se levada em conta apenas a região metropolitana. Zema, que tem 37% na capital e cidades próximas, vai a 51% no interior, onde o rival está com apenas 15%.

O ex-prefeito permanece numericamente como o candidato mais rejeitado, com 27% dos eleitores dizendo que não votarão nele de jeito nenhum. A taxa de rejeição de Zema é de 21%.

Agência Folhapress

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