Saúde

Apresentadora sofre derrame em programa ao vivo e é tirada às pressas do ar; veja o momento

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Âncora de telejornal sofre derrame ao vivo e é tirada às pressas do ar. Socorro imediato ajudou a salvar a vida da apresentadora

Julie Chin

A apresentadora de telejornal Julie Chin, da emissora NBC KJRH em Tulsa, Oklahoma (EUA), deu um susto nos telespectadores na manhã do último sábado (3). Enquanto apresentava o jornal ao vivo, ela começou a se sentir mal e precisou sair do ar às pressas. Durante a apresentação de uma notícia sobre a Nasa, Julie começou a ter dificuldade na fala e relatou isso ao público. “Sinto muito, algo está acontecendo comigo esta manhã”, disse a jornalista, ao passar o comando para a meteorologista Annie Brown.

Nas redes sociais, Julie explicou que teve um começo de derrame e foi socorrida pelos colegas da redação.

“Os últimos dias ainda são um mistério, mas meus médicos acreditam que tive o início de um derrame ao vivo no ar no sábado de manhã. Alguns de vocês testemunharam em primeira mão, e sinto muito pelo que aconteceu”, escreveu a jornalista no Facebook.

“Primeiro, perdi a visão parcial de um olho. Um pouco depois, minha mão e meu braço ficaram dormentes. Então, eu sabia que estava com um grande problema quando minha boca não falava as palavras que estavam bem na minha frente no teleprompter. Se você estava assistindo no sábado de manhã, sabe o quão desesperadamente eu tentei levar o jornal adiante, mas as palavras simplesmente não saíam. Meus colegas de trabalho reconheceram a situação de emergência e ligaram para o 911”, disse Chin em seu post.

Socorro rápido

Ainda fazendo exames, Julie alertou para o socorro rápido, que ajudou a salvar sua vida. “Os médicos acham que eu tive o início de um derrame, mas não um derrame completo. Ainda há muitas perguntas e muito para acompanhar, mas a conclusão é que eu deveria estar bem. Mais importante, aprendi que nem sempre é óbvio quando alguém tem um derrame, e a ação é fundamental. Seja rápido e ligue para o 911.”

Julie agradeceu ao apoio e ao carinho do publico: “Passei os últimos dias no hospital passando por todos os tipos de testes. Sou grata aos socorristas e profissionais médicos que compartilharam seus conhecimentos, corações e sorrisos comigo. Obrigado. As orações. A preocupação. as mensagens. Os textos. Os e-mails. As chamadas. Eu estou tão grata. E estou muito feliz em dizer que estou bem”.

Julie segue em recuperação e ainda não tem data para voltar ao ar.

Leia também: O derrame cerebral que se esconde em uma falsa enxaqueca

Derrame ou Acidente vascular cerebral (AVC)

O AVC decorre da alteração do fluxo de sangue ao cérebro. Responsável pela morte de células nervosas da região cerebral atingida, o AVC pode se originar de uma obstrução de vasos sanguíneos, o chamado acidente vascular isquêmico, ou de uma ruptura do vaso, conhecido por acidente vascular hemorrágico.

– Acidente vascular isquêmico ou infarto cerebral: responsável por 80% dos casos de AVC. Esse entupimento dos vasos cerebrais pode ocorrer devido a uma trombose (formação de placas numa artéria principal do cérebro) ou embolia (quando um trombo ou uma placa de gordura originária de outra parte do corpo se solta e pela rede sanguínea chega aos vasos cerebrais);

– Acidente vascular hemorrágico: o rompimento dos vasos sanguíneos se dá na maioria das vezes no interior do cérebro, a denominada hemorragia intracerebral. Em outros casos, ocorre a hemorragia subaracnóide, o sangramento entre o cérebro e a aracnóide (uma das membranas que compõe a meninge). Como conseqüência imediata, há o aumento da pressão intracraniana, que pode resultar em maior dificuldade para a chegada de sangue em outras áreas não afetadas e agravar a lesão. Esse subtipo de AVC é mais grave e tem altos indices de mortalidade.

Sintomas e sinais de alerta:

Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como:

– dor de cabeça muito forte, de início súbito, sobretudo se acompanhada de vômitos;
– fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, geralmente afetando um dos lados do corpo;
– paralisia (dificuldade ou incapacidade de se movimentar);
– perda súbita da fala ou dificuldade para se comunicar e compreender o que se diz;
– perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos.

Outros sintomas do acidente vascular isquêmico são: tontura, perda de equilíbrio ou de coordenação. Os ataques isquêmicos podem manifestar-se também com alterações na memória e na capacidade de planejar as atividades diárias, bem como a negligência. Neste caso, o paciente ignora objetos colocados no lado afetado, tendendo a desviar a atenção visual e auditiva para o lado normal, em detrimento do afetado.

Aos sintomas do acidente vascular hemorrágico intracerebral podem-se acrescer náuseas, vômito, confusão mental e, até mesmo, perda de consciência. O acidente vascular hemorrágico, por sua vez, comumente é acompanhado por sonolência, alterações nos batimentos cardíacos e na freqüência respiratória e, eventualmente, convulsões.

Fatores de risco:

– hipertensão;
– diabetes;
– tabagismo;
– consumo freqüente de álcool e drogas;
– estresse;
– colesterol elevado;
– doenças cardiovasculares, sobretudo as que produzem arritmias;
– sedentarismo;
– doenças do sangue.

Existem fatores que podem facilitar o desencadeamento de um Acidente Vascular Cerebral e que são inerentes à vida humana, como o envelhecimento. Pessoas com mais de 55 anos possuem maior propensão a desenvolver o AVC. Características genéticas, como pertencer a raça negra, e história familiar de doenças cardiovasculares também aumentam a chance de AVC. Esses indivíduos, portanto, devem ter mais atenção e fazer avaliações médicas mais frequentes.

Com Yahoo e MS

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