Questionado pela imprensa, Silas Malafaia admite não saber o que faz em viagem. Pastor integrou a comitiva presidencial e viajou com dinheiro público para o funeral da rainha Elizabeth II. O líder evangélico seguirá com Bolsonaro para a Assembleia Geral da ONU em Nova York
O pastor Silas Malafaia é um dos integrantes da comitiva que acompanha o presidente Jair Bolsonaro (PL) no funeral da rainha Elizabeth II, em Londres. Mas ele não sabe exatamente qual é o seu papel na capital do Reino Unido.
Em conversa com a imprensa nesta segunda-feira (19), ele disse que, na sua avaliação, “o presidente trouxe um pastor e um padre por essa questão da religião cristã, sobre morte e vida eterna. É o que eu penso”.
Segundo informações do portal Metrópoles, Malafaia disse ainda não ter certeza do motivo da presença dos religiosos em Londres. Ele afirmou também que não tem “curiosidade de perguntar ao presidente” e candidato à releição o motivo.
“Qualquer presidente inclui pessoas na sua comitiva, em qualquer lugar do mundo. Ele não vai chamar inimigo para acompanhar viagem, concorda comigo? Quem está no avião são pessoas de relacionamento”, falou.
O pastor bolsonarista afirmou que estará presente na 77ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que acontece na terça (20). Ele admitiu que também não fará nada no local. “Como é uma viagem só, então, estamos na comitiva. Lá, não terei nenhuma representação”, explicou.
Bolsonaro em Londres
Bolsonaro discursou a apoiadores em Londres em tom de campanha eleitoral. A estadia em Londres também foi marcada por protestos de ativistas ambientais e casos de hostilização a jornalistas protagonizados por bolsonaristas.
Da sacada da residência oficial do embaixador do Brasil no Reino Unido, Bolsonaro afirmou que “não tem como a gente não ganhar no primeiro turno”, ignorando o cenário apontado por pesquisas eleitorais, que indicam vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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