Steve Bannon (Imagem: usatoday)
Arquiteto da eleição de Donald Trump se entrega a autoridades em Nova York e é indiciado por lavagem de dinheiro, fraude e conspiração. Ídolo da família Bolsonaro, Steve Bannon é considerado uma espécie de guru da extrema-direita mundial
Steve Bannon, que já foi um dos principais estrategistas do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e arquiteto de sua bem-sucedida eleição à Casa Branca em 2016, foi indiciado hoje por seis acusações criminais relacionadas ao esforço de Trump para construir um muro ao longo da fronteira dos EUA com o México. Ele se entregou durante a manhã a autoridades de Nova York.
Segundo o indiciamento, as acusações são duas de lavagem de dinheiro, três de conspiração e uma de conspiração para fraudar. Um co-réu, a WeBuildTheWall Inc, foi indiciado com as mesmas seis acusações.
As acusações ocorrem mais de um ano e meio depois que Trump perdoou Bannon nas horas finais de seu mandato na Presidência, livrando-o de um caso de fraude federal.
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Bannon, de 68 anos, e três outros homens foram acusados em agosto de 2020 de fraudar doadores em uma campanha privada de arrecadação de 25 milhões de dólares, conhecida como “We Build the Wall”, para ajudar a construir o muro defendido por Trump ao longo da fronteira entre EUA e México.
Bannon se declarou inocente da acusação federal, inclusive de alegações que desviou cerca de 1 milhão dólares para despesas pessoais. Mas sua acusação foi arquivada depois que Trump o perdoou.
A nova acusação de Bannon está sendo emitida pelo promotor público de Manhattan, Alvin Bragg.
O caso pode espelhar partes do caso federal sobre o muro, embora não esteja claro porque a acusação ainda não foi aberta, disse uma pessoa familiarizada com o assunto.
Os perdões presidenciais cobrem acusações federais e não proíbem processos estaduais.
Ele está sendo acusado menos de dois meses depois de ser condenado por desacato ao Congresso por desafiar uma intimação de um comitê da Câmara dos Deputados que investiga o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA.
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Em um comunicado na noite de terça-feira, Bannon chamou o caso de Nova York de “nada mais do que um armamento político partidário do sistema de justiça criminal”.
Reuters
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