Homem flagrado torturando enteado de 4 anos em condomínio de luxo está foragido
Em um dos vídeos, o homem aparece sentado ao lado da criança em um sofá no saguão do condomínio. Ele fala algo para o menino. Segundos depois, o agressor, que tem a palavra 'Família' tatuada no peito, chega a olhar para o lado para verificar se há alguém no local e em seguida dá dois socos no rosto da criança, que chora. Logo após, o homem sufoca a criança segurando o nariz e a boca. Ele então percebe a presença de uma senhora e disfarça
A Polícia Civil do Rio de Janeiro está em busca de Victor Arthur Possobom, de 32 anos. O homem foi flagrado por imagens de câmeras de segurança do condomínio onde mora espancando e torturando o enteado, de apenas 4 anos.
O caso aconteceu em um prédio de classe média alta de Niterói (RJ). As agressões contra o menino foram feitas no mês de fevereiro, porém as imagens só foram divulgadas agora.
Em um dos vídeos, o homem aparece sentado ao lado da criança em um sofá no saguão do condomínio. Ele fala algo para o menino. Segundos depois, o agressor chega a olhar para o lado para verificar se teria alguém no local e em seguida dá dois socos no rosto da criança, que chora. Logo após, o homem sufoca a criança segurando o nariz e a boca. Ele então percebe a presença de uma senhora e disfarça.
Na outra imagem, o agressor entra com o menino no elevador do prédio. A criança, que está com uma máscara de proteção contra a Covid, aparenta mostrar alguma coisa no rosto para padrasto, que imediatamente o sufoca pressionando a criança contra o espelho do elevador. O menino fica cerca de 5 segundos nessas condições.
Jessica Jordão, mãe da criança, alegou que não sabia das agressões. “Eu soube depois de ver as imagens de segurança. O síndico do prédio que fez a denúncia no Conselho Tutelar e na delegacia. Meu filho foi morar com o avô, eu tentei sair de casa, mas ele não deixou”.
A mulher relata ainda que conseguiu uma medida protetiva contra Victor. “Durante o período que ele me manteve presa no apartamento, ele me agrediu, abusou de mim. Eu cheguei a engravidar e perdi um filho por conta das agressões. Ele já tinha um comportamento agressivo comigo, mas nunca imaginei que com meu filho também”, disse. “Ele colocava sempre a luva de boxe pra eu não ficar com tantas marcas e falava pra eu ficar parada e me batia”, relatou.
Nas redes sociais, Victor Arthur Possobom costuma exibir fotos em que destaca uma tatuagem que tem no peito com a palavra ‘Família’. No passado, ele já foi denunciado por agredir a própria mãe.
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie. Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 – Central de Atendimento à Mulher – e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
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