ELEIÇÕES 2022

Parte da esquerda defende voto útil em candidata do PL contra Damares

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Com a candidata do PT sem chances de vitória para o Senado no Distrito Federal, parte da esquerda defende o voto útil em Flávia Arruda para evitar que Damares Alves chegue ao Congresso Nacional

Flávia Arruda e Damares (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

No Distrito Federal, as ex-ministras Flávia Arruda (PL) e Damares Alves (Republicanos) têm disputado a preferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) para vencer a disputa por uma vaga no Senado.

O mandatário não declarou voto em nenhuma das duas, enquanto a primeira-dama, Michelle, aparece em eventos com Damares. Agora, parte da esquerda tem levantado um movimento pelo voto na candidata do PL para evitar que a ex-chefe da pasta de Mulheres chegue ao Congresso Nacional.

Pesquisa Ipec divulgada na terça-feira (27) aponta empate técnico entre as duas, com 28% das intenções de voto. Rosilene Correa, do PT, leva 12% do eleitorado, segundo a simulação.

Até mesmo a ex de Bolsonaro, Ana Cristina Valle, mãe de Jair Renan Bolsonaro, já publicou foto ao lado da ex-ministra da Segov manifestando apoio a ela para o Senado.

Antonio Tabet, do canal Porta dos Fundos, e a ex-nadadora olímpica Joanna Maranhão já pediram voto “útil” em Arruda. Isso ocorre porque, mesmo as duas tendo feito parte do governo federal, foi Damares quem encampou mais pautas contrárias a esquerda enquanto ocupava o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.

Já Flávia Arruda, que pertence ao atual partido do presidente, costuma se afastar das pautas ideológicas bolsonaristas.

Nas redes sociais, o perfil dela respondeu a publicações de Pedro Ivo, candidato a senador pela federaçao Rede-PSol. O psolista disse que escolher entre as duas seria “perpetuar a destruição do nosso Cerrado”. A candidata respondeu dizendo que, se eleita, pode construir um diálogo.

Questionada sobre o comentário, Arruda disse desconhecer a publicação e a apagou da rede social. O mesmo foi feito sobre a outra publicação dela, em que se diz independente e livre de “ismos”.

A candidata do PL é esposa de José Roberto Arruda, ex-senador e ex-governador do DF que disputa uma vaga na Câmara Federal. Ele já foi preso e deposto do cargo executivo estadual após ser flagrado em vídeo recebendo verba não declarada.

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