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Colégio anuncia demissão de professora de redação que fez gesto nazista. Outros professores relatam que a mulher fazia campanha para Jair Bolsonaro nas dependências da instituição: "até mesmo no sábado, véspera de eleição"
A professora de redação Josete Biral, que foi filmada fazendo um gesto que seria uma saudação nazista em sala de aula do Colégio Sagrada Família, em Ponta no Paraná, será demitida, segundo informou a instituição nesta segunda-feira (10). A professora atua na instituição de ensino há quase duas décadas.
A cena gravada por alunos aconteceu na última sexta-feira (7), durante uma aula para alunos do ensino médio.
Com uma bandeira do Brasil presa ao corpo, a mulher coloca a mão na testa e estica o braço para frente, um gesto feito por apoiadores do regime nazista para saudar Adolf Hitler. É possível ouvir um hino, não identificado, ao fundo.
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A diretora-geral da instituição, irmã Edites Bet, informou que o colégio repudiou o ato, o qual classificou como imprudência, descuido e um grande erro da professora. Segundo ela, a escola decidiu demitir a profissional.
A professora, informou, por meio de seu advogado, Alexandre Jorge, que não fez uma saudação nazista.
“O posicionamento dela é que não existiu qualquer gesto típico de saudação nazista”, disse a defesa.
Segundo Jorge, o gesto “foi no momento de descontração, no encerramento da aula, que se for se considerar gesto típico de alguma natureza seria saudação à bandeira e à pátria”.
Além disso, o advogado citou que qualquer acusação ou imputação contra sua cliente sobre gesto nazista configura fato criminoso.
A postura da professora no vídeo foi vista por outros profissionais do colégio como absurda.
Um professor, informou, no entanto, que esta não é a primeira vez que uma atitude da professora chamou a atenção.
De acordo com ele, às vésperas do primeiro turno das eleições de 2 de outubro, ela foi até a janela de uma das salas e balançou uma bandeira verde e amarela. A ação foi presenciada por vários alunos e gravada. É possível ouvir alguém dizer “mito”, como o presidente Jair Bolsonaro (PL) é chamado, mas não é possível identificar quem gritou.
Além disso, os profissionais da escola contaram que a docente tem feito campanha para o candidato Bolsonaro nas dependências da escola e o que segundo a direção do colégio, é uma postura contrária à da instituição, que se mantém neutra.
“A escola tem uma posição neutra politicamente junto aos seus alunos e professores. Orientamos aos mestres que procedam com neutralidade e respeito em todas as situações”, escreveu a diretora-geral.
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