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ELEIÇÕES 2022 05/Out/2022 às 11:00 COMENTÁRIOS
ELEIÇÕES 2022

Bolsonaro é escrachado por médicos e enfermeiras no Hospital das Clínicas

Publicado em 05 Out, 2022 às 11h00

Profissionais da saúde não esqueceram que o presidente sequer visitou o hospital durante a pandemia e agora surge para fazer campanha. Bolsonaro precisou sair do local pelos fundos

Bolsonaro escrachado médicos enfermeiras Hospital Clínicas
(Imagem: reprodução)

Profissionais de saúde do Hospital das Clínicas, na capital paulista, organizaram um protesto contra o candidato Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira (4). O atual presidente foi até a instituição visitar policiais militares que estão internados após serem baleados enquanto trabalhavam na eleição, no domingo (2).

Os profissionais que atuam no local – ligado à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – ficaram sabendo que Bolsonaro iria visitar policiais militares que estão internados após serem baleados durante a eleição, um deles está internado na UTI do trauma, dentro do complexo hospitalar.

Munidos de cartazes que lembram o descaso e as mortes da pandemia, os médicos organizaram um protesto na entrada do hospital. No local, segundo relatos, ainda havia policiais militares e bolsonaristas – houve bate-boca e eles ameaçaram rasgar um cartaz.

“Bolsonaro não visitou nenhum hospital durante a pandemia e agora quando um PM é baleado ele vem fazer demagogia e politicagem?”, disse um dos médicos.

Segundo um dos participantes, o intuito do protesto era mostrar a indignação do corpo médico do HC com a postura do presidente, “que agora só vem no hospital em época de propaganda política”.

“Ele nunca prestou nenhuma assistência aos profissionais da saúde, que trabalharam lá durante um tempão, ainda mais no enfrentamento à pandemia”. Segundo os médicos, o ato é suprapartidário e inclui profissionais que “vão votar nulo”.

Os cartazes faziam menção a condução do governo na pandemia e gritos de ordem como: “Olha a covardia, por que não veio na pandemia?”, “Bolsonaro, pode esperar, a sua hora na cadeia vai chegar” e “Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula”.

Desde o fim da tarde, os manifestantes ficaram posicionados em frente ao Instituto Central do HC, na Zona Oeste.
Por volta das 21h30, a comitiva presidencial chegou à unidade, mas entrou por outro acesso e não chegou a se encontrar com os manifestantes.

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O candidato Jair Bolsonaro cumpriu agenda em São Paulo.

Caso do PMs baleados

O crime aconteceu durante votação do primeiro turno das eleições na Escola Estadual Deputado Aurélio Campos, na Rua Olímpio de Oliveira Chalerge, em Cidade Dutra. Os agentes da Polícia Militar (PM) faziam a segurança do local e dos eleitores.

Vídeos e filmagens feitas por câmera de segurança e testemunhas, que circulam nas redes sociais, mostram o momento que pessoas correm e se jogam no chão, em pânico, dentro do colégio. Nenhum eleitor ficou ferido.

Em outra imagem é possível ver uma policial militar mancando dentro da escola depois de ter sido atingida por um disparo na barriga. Numa filmagem do lado de fora da escola, um soldado da corporação aparece caído na calçada por que foi atingido por um tiro na cabeça e no ombro.

Os dois PMs faziam a segurança da escola. A policial de 35 anos e o PM de 32 anos foram socorridos em estado grave por um helicóptero da PM, que os levou até o Hospital das Clínicas (HC), no Centro da capital.

A Polícia Civil apura se os criminosos queriam roubar as armas dos PMs ou matá-los. De acordo com a investigação, um dos suspeitos detidos chegou a dizer incialmente que receberia R$ 5 mil do Primeiro Comando da Capital (PCC) para “executar” os agentes.

Depois ele mudou de versão e alegou que seu comparsa, que seria membro da facção criminosa, teria lhe dado um revólver calibre 38 para atacar os policiais e roubar as pistolas deles, de calibre .40. Enquanto isso, o mentor do crime estava armado com uma pistola 9 mm em cima de uma motocicleta, e também o ajudaria a roubar as armas dos agentes.

Mas quando os dois assaltantes se aproximaram, segundo o que o suspeito detido falou à polícia, os agentes reagiram e atiraram. Em seguida, de acordo com o preso, ele e seu comparsa dispararam, começando o tiroteio em frente à escola.

Apesar de o crime ter sido cometido em frente a um colégio eleitoral durante as eleições, o TSE informou que o caso não teve motivação política.

“Estamos acompanhando, mas não tem relação com a disputa eleitoral, é um ato de banditismo puro”, afirmou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, durante coletiva aos jornalistas.

“O episódio aconteceu em frente à escola e a votação foi paralisada por cerca de 40 minutos, sendo reestabelecida depois. O episódio não tem relação com o processo eleitoral e maiores informações devem ser averiguadas com a Secretaria de Segurança Pública”, informa nota divulgada pela comunicação do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

Com g1 e Intercept

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