Michelle e Damares vão visitar meninas venezuelanas citadas por Bolsonaro
Meninas venezuelanas que Bolsonaro encontrou e disse que "pintou um clima" serão visitadas pela primeira-dama Michelle e pela senadora eleita Damares Alves
A primeira-dama Michelle Bolsonaro e a senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) pretendem visitar as meninas venezuelanas citadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em entrevista a podcast. A visita em São Sebastião, na periferia do Distrito Federal, visa minimizar o impacto negativo das declarações do mandatário sobre elas.
Nesta entrevista, Bolsonaro disse que visitou a comunidade em abril do ano passado, quando avistou “menininhas bonitas” de 14, 15 anos. Ele chegou a falar que “pintou um clima”.
A campanha do presidente confirmou à coluna de Mônica Bergamo que Michelle e Damares farão a visita no local.
No sábado, o trecho da entrevista viralizou nas redes sociais e sofreu uma série de críticas e até pedidos de investigação.
O próprio Bolsonaro fez uma live na madrugada de domingo (16) para justificar a fala.
O que Bolsonaro disse sobre as meninas venezuelanas
“Parei a moto numa esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, três, quatro, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas num sábado numa comunidade. E vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei, ‘posso entrar na tua casa?’ Entrei. Tinha umas 15, 20 meninas, [num] sábado de manhã, se arrumando —todas venezuelanas”, disse ele.
“E eu pergunto: meninas bonitinhas, 14, 15 anos se arrumando num sábado para quê? Ganhar a vida. Você quer isso para a tua filha, que está nos ouvindo aqui agora. E como chegou neste ponto? Escolhas erradas”, falou Bolsonaro.
Venezuelana desmente fala de Bolsonaro
Uma das venezuelanas visitadas por Jair Bolsonaro (PL) em sua ida à região administrativa de São Sebastião, no Distrito Federal, em 2021, rebateu a afirmação feita pelo presidente sobre ter encontrado adolescentes vindas da Venezuela “arrumadas para ganhar a vida”.
De acordo com ela, no dia em que o candidato à reeleição visitou o local acontecia uma ação social para refugiados. “Não tem nada a ver com o que ele está falando agora”, disse a mulher, que pediu para não ter o nome revelado, ao Uol.
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