Polícia divulga foto de Gabriel Monteiro ao dar entrada no sistema penitenciário. Em audiência de custódia, Justiça manteve a prisão do ex-vereador bolsonarista. Exame realizado pela vítima após o abuso comprovou que ela foi infectada pelo vírus do HPV
O bolsonarista Gabriel Monteiro foi transferido para o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele teve a prisão preventiva decretada na segunda (7) devido a um processo que responde por estupro. A imagem acima mostra o ex-parlamentar ao dar entrada no sistema prisional.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, através da juíza Rachel Assad Cunha, determinou a manutenção da prisão preventiva do ex-vereador Gabriel Monteiro, durante audiência de custódia realizada nesta terça-feira (8), na Central de Audiência de Custódia, em Benfica.
Em sua decisão, a juíza Rachel Assad da Cunha também determinou que a Secretaria de Administração penitenciária (Seap) coloque Gabriel Monteiro em um presídio que “assegure a sua integridade física”.
A determinação da juíza atendeu um pedido feito pela defesa de Gabriel, que alegou a condição de ex-policial militar do ex-vereador, lembrando que ele teria feito prisões em sua antiga função.
Entenda o caso
O caso pelo qual o parlamentar responde teria ocorrido no dia 15 de julho, já depois da divulgação de outras denúncias contra ele, inclusive por estupro. Portanto, o pedido de prisão preventiva faz parte de um novo processo, diferente, por exemplo, dos casos que foram analisados pelo Conselho de Ética da Câmara do Rio, que pediu a cassação do mandato do então vereador Gabriel Monteiro.
Uma estudante de 23 anos afirma que conheceu Gabriel na boate Vitrinni, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e de lá foi levada para a casa de um amigo de Monteiro, no Joá, na Zona Sul.
Segundo a vítima, no local, Gabriel teria a constrangido a fazer sexo com ele, com violência, passando uma arma no seu rosto, empurrando-a na cama, segurando seus os braços e dando tapas na cara da vítima.
A mulher contou na delegacia que Gabriel a empurrou para a cama, arrancou sua roupa e começou a se relacionar sexualmente com ela de “forma também violenta”.
Ela disse aos investigadores que Monteiro passou a interroga-la e a cada resposta ou negativa ela ganhava um tapa no rosto. A mulher afirmou ainda que tentava se defender das agressões, mas o ex-PM lhe disse: “se você continuar assim, vai ser pior. Eu vou lhe espancar”. Após isso, ela teria dito que parou de se defender e que começou a chorar. Monteiro continuou com os abusos mesmo com a vítima chorando.
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio, um exame médico realizado após os fatos comprovou que a vítima foi infectada pelo vírus do HPV.