Carla Zambelli pode ter o mandato cassado e ser presa no Brasil após ameaçar pessoas com arma de fogo na véspera da eleição. A deputada fugiu para os Estados Unidos enquanto instigava bolsonaristas a bloquearem estradas pelo país
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) confirmou, por meio de nota, nesta quinta-feira (3), que viajou aos Estados Unidos para “estudar meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas”. Zambelli teve recentemente suas contas em diversas redes sociais bloqueadas, por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Após a viagem ser revelada, a parlamentar afirmou, em nota, que não divulgou a viagem justamente porque está sem acesso às redes. Ela afirmou que terá “agendas pessoais” nos Estados Unidos, além de encontros com autoridades, que ela não revelou quais.
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“Não divulguei a viagem aos Estados Unidos simplesmente porque não tenho onde publicar, oras! Estou no meio desse movimento de contenção, repressão e ataque à Liberdade. Estou cumprindo agendas pessoais e aproveitarei a ocasião para estudar meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas”, disse Zambelli.
No texto, a deputada também criticou a decisão que suspendeu suas redes.
“A decisão que censurou todos os meus canais de comunicação, inclusive o Whatsapp tem como objetivo controlar o fluxo de informações e conter uma das maiores vozes conservadoras da internet com mais de 9.520.000 seguidores em sete redes sociais”, afirmou.
O bloqueio das contas foi determinado pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Ao todo, foram bloqueados os perfis da parlamentar em sete redes diferentes: Youtube, Facebook, Instagram, Twitter, Telegram, Tiktok e LinkedIn.
A suspensão dos perfis da parlamentar, que é apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL), teve como base a resolução recente aprovada pela Corte. A determinação permite a remoção rápida de notícias falsas das redes sociais.
No domingo (30), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação da oposição contra Zambelli. A medida é praxe, uma vez que cabe à equipe de Augusto Aras avaliar se abre ou não uma apuração contra a parlamentar.
O pedido movido pelo PT foi feito após Zambelli apontar uma arma contra o jornalista Luan Araújo no sábado (29), véspera do segundo turno, em São Paulo. Vídeos gravaram o momento da ação e mostram que ela atravessa a rua e entra em um bar com uma pistola empunhada.
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Confira a nota da deputada Carla Zambelli:
É através das minhas redes sociais que reporto eventos, faço questionamentos, trago conhecimento informativo e divulgo minha agenda.
O resultado desse trabalho de confiança e respeito me garantiu o título de parlamentar de maior influência no Brasil nos últimos 2 anos segundo o FSB e 2 vezes a melhor deputada do Brasil, segundo o Congresso em Foco.
A decisão que censurou todos os meus canais de comunicação, inclusive o Watsapp tem como objetivo controlar o fluxo de informações e conter uma das maiores vozes conservadoras da internet com mais de 9.520.000 seguidores em sete redes sociais.
Não divulguei a viagem aos Estados Unidos simplesmente porque não tenho onde publicar, oras!
Estou no meio desse movimento de contenção, repressão e ataque à Liberdade.
Estou cumprindo agendas pessoais e aproveitarei a ocasião para estudar meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas.
Com Uol e Globo
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