Militar atira e mata colega da FAB dentro do prédio do Ministério da Defesa, em Brasília. Felipe de Carvalho Sales usou sua pistola para cometer o crime. A vítima é Kauan Jesus de Cunha Duarte
O militar Kauan Jesus da Cunha Duarte, 19, da FAB (Força Aérea Brasileira), foi assassinado com um tiro na cabeça na manhã de hoje no alojamento da guarda, no prédio anexo ao Ministério da Defesa, em Brasília, após ser atingido por um tiro disparado por Felipe de Carvalho Sales, colega de farda também de 19 anos.
A Polícia Civil do Distrito Federal afirmou que a ocorrência foi registrada como homicídio, mas que a investigação ficará a cargo da FAB. Em nota, o Ministério da Defesa lamentou o caso, que classificou como um incidente e confirmou a morte no local. As informações são do Metrópoles.
“O Ministério rende as condolências aos familiares e amigos, pela irreparável perda. Neste momento de dor, a Defesa une-se às manifestações de solidariedade e de apoio à família, bem como acompanha a apuração e a investigação dos fatos, a serem conduzidas pela Força Aérea”, diz o texto.
Às 12h, a perícia ainda estava no prédio anexo ao Ministério da Defesa. Pessoas próximas aos envolvidos — familiares ou amigos — estão presentes no local mas não quiseram falar com a imprensa.
Nas redes sociais, Kauan dividia sua rotina na FAB e também do namoro com uma jovem estudante do Colégio Militar. A formatura do soldado foi no dia 8 de julho, ocasião em que ele agradeceu a Deus e ao apoio dos familiares.
De lá para cá, Kauan compartilhava informações sobre seu dia a dia como soldado, como fotos vestindo a farda, dentro do alojamento e até em treinamentos. Fã de rap e funk, Kauan também compartilhava com seguidores as músicas que costumava ouvir. Ao falar da namorada, com quem estava havia pouco mais de um ano, publicava pagode e sertanejo.
Um soldado que se formou na mesma data que Kauan contou que o jovem pretendia seguir a carreira militar. Aos 19 anos, ele era considerado um bom colega, sempre disposto a ajudar quem precisava. O amigo conta ainda que Kauan tinha o costume de pernoitar no batalhão para economizar e estar à disposição no horário correto.
Segundo o Metrópoles, o crime teria ocorrido após discussão motivada pela troca de turno. A Polícia Civil e a FAB ainda não confirmaram oficialmente essa versão.