Militar sem habilitação atropela e mata pai e filha que praticavam atividade física em SP. Soldado dirigia uma Mitsubishi Pajero e se recusou a passar pelo teste do bafômetro
Um soldado do Exército de 19 anos, sem habilitação, que dirigia uma Mitsubishi Pajero, invadiu o canteiro central da Rodovia Hélio Smidt e atropelou e matou pai e filha, de 69 e 31 anos, que corriam na manhã desta terça-feira (15), em Guarulhos, na Grande São Paulo. O atropelamento ocorreu próximo a entrada do Aeroporto Internacional.
O nome do militar é João Victor Aflinis Carvalho. As vítimas são a atleta Jéssica Messi Levadinha e o pai dela, o treinador Álvaro Gonçalves Levadinha.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar (PM) confirmaram que o condutor não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Ele também se recusou a fazer o teste do bafômetro. Por esse motivo, foi levado para o Instituto Médico Legal (IML), onde passaria por um exame clínico com um médico para saber se ele bebeu antes de dirigir.
“Por não se tratar de um crime militar, o caso está tramitando na Justiça Comum. Assuntos referentes ao processo devem ser encaminhados à Justiça Estadual. O Exército Brasileiro repudia veementemente qualquer ato que atente contra os preceitos éticos e morais da profissão militar”, diz nota do Exército.
Por volta das 13h30 desta terça, o caso era registrado como homicídio doloso (com intenção de matar). O atropelamento ocorreu por volta das 7h30. Até as 14h desta terça, nenhum advogado havia se apresentado para defender o soldado, que é acompanhado por familiares e membros do Exército no registro da ocorrência.
Policiais que acompanham o caso afirmaram que o soldado apresentava sinais de embriaguez. Informalmente à polícia, o soldado afirmou que retornava de uma festa, e que teria dormido ao volante. “Foi uma pancada muito violenta e ele estava em altíssima velocidade”, diz uma testemunha do atropelamento.
Em suas redes sociais, as vítimas Jéssica e Álvaro compartilhavam treinos e conquistas nas corridas. Amigos também usaram a internet para lamentar a morte dos atletas, além de homenageá-los.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que o militar foi preso em flagrante e em depoimento, ele confessou ter ingerido bebida alcoólica, porém se negou a realizar o teste do etilômetro. Segundo a nota da SSP, ele foi encaminhado a delegacia, “onde foi constatado que ele não tinha permissão para dirigir.