ELEIÇÕES 2022

Parecer técnico do TRE-PR recomenda rejeição das contas de Sergio Moro

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Técnicos apontam "infração grave" e recomendam reprovação das contas de Sergio Moro. Sete tipos de gastos não foram explicados e ex-juiz pode não ser diplomado senador

Sergio Moro

A Justiça Eleitoral voltou a apontar falhas graves na prestação de contas de campanha do senador eleito pelo Paraná Sergio Moro (União Brasil).

No dia 9 de novembro, o TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral) já havia identificado irregularidades nas informações e não entrega de documentos, e deu a chance para o ex-juiz reapresentar a prestação de contas da campanha.

O parecer aponta que existe infração grave nas contas de Moro, com sete tipos de gastos que não teriam sido explicados devidamente, além de três outras ocorrências que receberam ressalvas, informou o Jornal do Comércio. Moro tem agora três dias para se manifestar outra vez sobre a análise.

Veja as irregularidades:

1. Na candidatura do ex-juiz estavam irregulares questões sobre o uso do fundo partidário.
2. Do fundo especial de financiamento de campanha.
3. Nas receitas arrecadadas.
4. Nas despesas.
5. Na prestação de contas.
6. Nos gastos com militância de rua.
7. Nos gastos com aluguel de veículos.

O advogado do senador eleito, Gustavo Guedes, afirmou, em nota, que vai se manifestar no prazo e que vai demonstrar que “as inconsistências são meramente burocráticas e não comprometem a regularidade e segurança das contas de campanha”.

Moro foi eleito para o Senado no início de outubro com quase 2 milhões de votos, superando, entre outros, seu antigo padrinho político, Alvaro Dias, do Podemos. Sua campanha arrecadou R$ 5,1 milhões, a maior parte por meio de financiamento público.

O item de valor mais elevado da candidatura do ex-juiz foi a contratação de um escritório de advocacia por R$ 800 mil. Ele também gastou R$ 426 mil com táxi aéreo.

O parecer da Justiça Eleitoral cita, entre os problemas, a falta de comprovante de devolução de sobras de campanha à direção partidária. A equipe de campanha declarou que sobraram R$ 646 mil, mas não foram anexados extratos completos para verificação, o que também é questionado pelos técnicos.