Polícia apreende R$ 150 mil em espécie e camisetas pró-Bolsonaro no Pará
Caminhonete Hilux trafegava irregularmente pelo acostamento quando foi abordada pela PRF. Condutor do veículo se confundiu ao explicar a origem do dinheiro e do material pró-Bolsonaro e acabou preso
A Polícia Federal informou, nesta quarta-feira (16), que abriu um inquérito para investigar o caso de um homem que dirigia uma caminhonete e foi parado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-163, em Itaituba (PA). Ele viajava com R$ 150 mil em espécie e uma grande quantidade de camisetas pró-Bolsonaro.
Ainda não se sabe a origem do dinheiro. Nas cores verde e amarela, as camisetas estampavam a frase “Deus, Pátria, Família” — slogan de origem fascista comumente utilizado por Jair Bolsonaro.
A apreensão ocorreu na terça-feira (15) durante a operação “Proclamação da República” da PRF em rodovias federais. Segundo a PRF, a caminhonete trafegava irregularmente pelo acostamento da rodovia e, ao ser abordada, a equipe localizou a quantia em dinheiro e camisetas, cujas origens e destinos o proprietário demonstrou confusão ao explicar
Segundo a PF, o motorista e o material foram levados pela PRF até a sede da corporação em Itaituba, no sudoeste do estado. Logo depois, o proprietário do veículo foi liberado. A identidade dele não foi informada.
O caso foi enquadrado como ‘usurpação de bem ou matéria-prima da união, lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores’. Além do dinheiro em espécie e das camisetas, os agentes que efetuaram a abordagem apreenderam seis cartões de crédito, a CNH, o RG, o título de eleitor do motorista e o documento do carro.
“Extração de ouro”
Indagado sobre a origem do dinheiro, o homem alegou que carregava R$ 150 mil decorrentes de venda de ouro, sustentando que o montante seria destinado ao pagamento de seus funcionários na extração do minério. A PRF questionou o homem sobre a documentação que atestaria a licitude da venda citada, mas ele disse não ter os respectivos papéis.
Os agentes também questionaram qual o valor que o garimpeiro pagaria a seus funcionários. Ele ‘titubeou’, segundo os policiais, e alegou que ‘além de seus empregados teria outras contas para pagar, não sabendo precisar quais seriam’.