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Quem é o empresário bolsonarista que tentou matar agente da PRF com barra de ferro

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Militante bolsonarista, empresário de SC está preso por tentativa de homicídio. Durante bloqueio ilegal, Willian Jaeger golpeou um agente da PRF na cabeça com uma barra de ferro. O pai dele é sócio da Pré-Fabricar e tem negócios em outras áreas, incluindo cervejaria e administradoras de bens

Willian Jaeger

O empresário catarinense Willian Jaeger, 33, está preso por tentativa de homicídio após golpear um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na cabeça com uma barra de ferro. A detenção em flagrante ocorreu na última segunda-feira (7) durante o bloqueio de uma rodovia por manifestantes bolsonaristas em Rio do Sul, a 190 quilômetros da capital Florianópolis, em Santa Catarina.

O ataque aconteceu em um trecho da BR-470 em frente a uma loja da Havan, rede varejista cujo dono, Luciano Hang, é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL). A barra de ferro atingiu a cabeça do policial, que usava capacete no momento da agressão.

O perigo da psiquiatrização do bolsonarismo

Piloto de automobilismo, Jaeger pertence a uma família do setor de construção civil que atua na região sul do país fornecendo estruturas pré-fabricadas de concreto e metal. A Pré-Fabricar, empresa da família, enviou um caminhão para participar do bloqueio.

Nas redes, o bolsonarista alterna postagens sobre automobilismo e manifestações de apoio a Bolsonaro (PL), além de críticas ao PT. Durante a pandemia, fez publicações negacionistas, ecoando o discurso do chefe do Palácio do Planalto.

Jaeger é filho do empresário Frederico Jaeger Neto, que tem negócios nos ramos de bebidas, administradoras de bens e pecuária. A maioria das empresas fica no Vale do Itajaí, região leste de Santa Catarina.

O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) informou que ao menos doze empresários e políticos locais que organizaram manifestações nas rodovias do estado já foram identificados. Os nomes dos financiadores permanecem sob sigilo.

Negacionista na pandemia

Nas redes sociais, o empresário catarinense fez publicações de teor negacionista em relação à covid-19.

Em uma delas, em janeiro deste ano, compartilhou o relato de um pastor evangélico, que divulgou a falsa informação de que a esposa teria sofrido AVC (acidente vascular cerebral) após ser vacinada. Ele também fez postagens com críticas ao PT e em defesa de Bolsonaro.

Com DCM e Uol

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