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Advogado bolsonarista joga pedra no Planalto para falar com o presidente e acaba preso

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Desesperado para se comunicar com Bolsonaro, advogado atira pedra embrulhada em carta no Palácio do Planalto e vai parar atrás das grades. Claudemir Parisotto já pichou monumentos em Brasília com frases depreciativas contra Lula e o PT, além de ter afirmado que o presidente eleito 'deu LSD a Geraldo Alckmin'. “Ele falava ideias desconexas sobre comunismo, drogas e escravidão intelectual”, disse o delegado

Claudemir Antônio Parisotto

O advogado Claudemir Antônio Parisotto, que teria pichado monumentos em Brasília com frases sobre o PT , e dito que que o presidente eleito Lula teria dado LSD a Geraldo Alckmin (PSB) e eleitores, foi preso nesta quinta-feira (22) ao jogar pedra embrulhada em uma bandeira do Brasil e cartas no Palácio do Planalto, para tentar se comunicar com o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Apoiador de Bolsonaro, o advogado acabou detido pelo 6º Batalhão da Polícia Militar e foi levado à 5ª Delegacia de Polícia (Área Central). “Fui lá tentar entregar uma carta ao presidente, avisando que entrei com um processo [contra a diplomação de Lula]”, disse ele ao portal Metrópoles.

Ainda de acordo com o advogado, “havia três cartas no embrulho”, todas direcionadas ao presidente Bolsonaro e a dois filhos dele. Segundo Claudemir, a pedra era do tamanho de uma maçã e teria sido arremessada pela rampa do Planalto.

“Era para cair lá dentro. Alguém ver e levar para o Bolsonaro”. Claudemir prestou depoimento na Polícia Civil por volta das 19h30. Enquanto contava sobre o fato, falava com todos da delegacia ideias desconexas sobre drogas, comunismo, “escravidão intelectual” e política, disse o delegado de plantão.

O advogado vem protagonizando histórias ilógicas por Brasília. Recentemente, ele entrou com um recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a diplomação do presidente eleito, alegando que o petista “praticou estelionato eleitoral mediante uso de droga”.

Além disso, ele também foi autor de pichações em ministérios e no Museu Nacional da República, com letras em vermelho, escrevendo frases como: “O Alckmin foi drogado com LSD, a droga da reeducação comunista”.

Claudemir, em outro monumento, pichou os dizeres: “O fruto proibido domina a mente por sete dias” e “Alckmin foi drogado pelo PT com LSD”. Investigado pela PCDF, o defensor de 48 anos afirmou morar em Chapecó (SC) e veio a Brasília porque queria conversar com o Bolsonaro para dizer que “descobriu” uma droga da “reeducação comunista”.

O advogado também dedicou alguns dias para ficar em uma região central de Brasília com uma grande cruz feita em PVC, também com dizeres sobre LSD, Lula, Alckmin e comunismo.