Pensava que o PCdoB (Partido Comunista do Brasil) iria ficar com o Ministério do Esporte novamente com Orlando Silva (PCdoB-SP) ou até mesmo com o Ministério da Saúde com a Jandira Feghali (PCdoB-RJ), mas a notícia de que a presidenta do partido, Luciana Santos, havia sido nomeada Ministra de Ciência e Tecnologia veio em boa hora e ao mesmo tempo despertou a obviedade.
Voltando às origens do socialismo científico com Karl Marx, podemos lembrar da dialética, que revolucionou a maneira de se fazer ciências, com duas formas de pensar se debatendo para chegar ao entendimento dos movimentos históricos através do tempo, como base teórica do partido.
Nestes quatro anos de retrocesso com Jair Messias Bolsonaro (PL), o comunismo se tornou o principal defensor da ciência contra toda a falta de pensamento e a volta de tudo que se acreditava antes das suas explicação, como por exemplo, o terraplanismo. Foi exatamente o partido comunista, que protagonizou a valorização da ciência e tudo que ela nos proporciona.
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Pudemos ver a difusão das ideias científicas por meio do partido comunista, com as diversas assembleias e seminários, que foram certeiramente realizados em anos de retrocesso e dos cem anos da existência do partido no Brasil. Além dessas iniciativas, é possível ver que em conjunto com a Fundação Maurício Grabóis, o PCdoB criou diversas formas de difundir a ciência por meio da tecnologia, criando canais no YouTube, Podcasts e até mesmo lives interativas pelo Facebook.
O Partido Comunista do Brasil, foi atuante ainda mais na luta da valorização da ciência e agora tem ela nas mãos para fazer a diferença no país, criando e melhorando as bolsas de estudo para pesquisa, incentivando a ciência em todo o país, seja ela no nível e no conceito que for, é para isso que estamos no ministério das ciências e tecnologias.
Assim como os estudantes com a UNE (União Nacional do Estudantes), o Ministério das Ciências e Tecnologias, estará em ótimas mãos e de quem historicamente sempre esteve valorizando as academias e as ciências como formas de economia, educação e até mesmo de autogestão.
*Danilo Espindola Catalano é escritor, pesquisador e professor de espanhol, dedicado a passar a cultura latino-americana aos seus alunos. Graduado em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, pós-graduado em Metodologia do Ensino da Língua Espanhola e Especializando em Educação e Cultura pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais Brasil.
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