Grupo de empresários financiava manifestantes que questionavam o resultado das urnas em BH, mostra investigação. Acampamento foi desmontado na sexta-feira e as imagens de choro, desespero e frases sem sentido se espalharam nas redes
Uma investigação feita pela Prefeitura de Belo Horizonte apurou que empresários estavam financiando os bolsonaristas que ficaram acampados até sexta-feira (6) em frente ao Quartel-General do Exército, na avenida Raja Gabaglia. As imagens do desmonte do acampamento viralizaram nas últimas horas.
A inteligência da prefeitura descobriu que os Eempresários visitavam o acampamento todas as tardes e entregavam lanches e R$ 50 para que as pessoas permanecessem na manifestação golpista.
À noite, uma pessoa armada fazia uma ronda pelo local. Havia “um nível de organização” para os manifestantes não se identificarem com nomes reais. Além disso, eles tinham técnicas de autodefesa para eventuais abordagens policias, o que foi demonstrado na operação desta sexta-feira.
A avenida foi desobstruída e caberá à Polícia Civil identificar e punir os envolvidos. Em coletiva de imprensa, o prefeito Fuad Noman (PSD) comunicou a liberação da via e lembrou os esforços feitos contra o acampamento, montado em outubro após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas urnas.
Na quinta, um fotógrafo do jornal ‘Hoje em Dia’ foi agredido com socos, chutes e pauladas no local enquanto trabalhava e na sexta, novamente, a imprensa foi agredida violentamente pelos ‘patriotas’.
Durante a ação de ontem para desfazer o acampamento, um manifestante abraçado a outro ameaçou: “Eu vou bater, eu vou matar, eu vou matar. Não vai retirar, não. Eu vou matar”. A fala foi direcionada a policiais, funcionários da prefeitura e agentes da guarda municipal.
IMAGENS: