Polícia Federal prende mais um bolsonarista que organizou atentados contra a democracia no dia 8 de janeiro. Carlos Victor Carvalho, conhecido como CVC, foi encontrado em hotel no ES. O criminoso disse recentemente que iria "comemorar a prisão de Alexandre de Moraes". Ele é assessor do deputado Filippe Poubel (PL). Em nota, o gabinete do deputado diz que "recrimina os atos ilegais" e "respeita os valores democráticos"
A Polícia Federal prendeu Carlos Victor de Carvalho, conhecido como ‘CVC’, apontado pelas investigações como um dos financiadores e organizadores dos ataques terroristas em Brasília (DF) no último dia 8 de janeiro. O criminoso estava foragido e foi encontrado escondido em um hotel em Guaçuí (ES).
Após a prisão, Carvalho foi exonerado do cargo de assessor parlamentar do deputado estadual bolsonarista do RJ Filippe Poubel (PL) — no qual atuou desde maio passado. Segundo o deputado, a exoneração se dá “para que ele possa ter pleno direito à defesa nos trâmites do devido processo legal”.
Em nota, o deputado Poubel disse que “sua oposição ao governo federal não o impede de repudiar atos ilegais”. “Sempre evidenciei respeito aos valores democráticos”, disse o parlamentar.
CVC é líder do grupo “Direita Campos”, na cidade de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Nas redes sociais, CVC se mostra apoiador de Bolsonaro — em seu perfil no Twitter, chega a adotar o sobrenome do ex-presidente — e propaga mensagens abertamente golpistas.
Em 8 de dezembro, ele escreveu em um de seus perfis no Facebook: “Imagine só… Você acorda amanhã e fica sabendo que às 5 horas da manhã a Polícia Federal bateu na porta do Alexandre de Moraes e levou ele pra preso. Algumas horas depois é anunciado a anulação [sic] do processo eleitoral fraudado por ele.”
Em fotos postadas, CVC se exibe com camisetas com o rosto de Bolsonaro. Em uma das imagens, o assessor parlamentar empunha um revólver. Nas redes, CVC também fez coro à campanha pelo voto impresso, liderada pelo ex-presidente, e divulgou convocações para motociatas.
Quatro dias após os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, o assessor parlamentar acusou — sem qualquer prova ou evidência — o governo Lula de negligência. Em dezembro, CVC chamou de “infiltrados” os extremistas apoiadores de Bolsonaro que atearam fogo em ônibus em ato nas ruas de Brasília.
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