Michelle Bolsonaro desembarcou no Brasil na noite desta quinta-feira. Jair Bolsonaro permanece hospedado na mansão de José Aldo em Orlando. Prazo para ex-presidente usar o visto oficial nos EUA vence em 3 dias. Ala ideológica defende que Bolsonaro permaneça nos EUA por medo de uma ordem de prisão, enquanto o PL pede o seu retorno, já que a viagem aparenta ser uma fuga
A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro desembarcou na noite desta quinta-feira (26) Brasília após viagem de quase 30 dias aos Estados Unidos. Jair Bolsonaro permaneceu hospedado na mansão do lutador José Aldo, em Orlando (EUA).
A imagem da ex-primeira-dama, com boné azul e usando máscara de proteção facial, foi captada pelo fotógrafo Matheus Veloso, do site Metrópoles.
Michelle viajou para Orlando, nos EUA, com Bolsonaro no dia 30 de dezembro. Não há data, porém, para que o ex-presidente retorne. A filha do casal já retornou devido ao período escolar que está para iniciar nos próximos dias.
Os bolsonaristas mais radicais aconselham Jair Bolsonaro a permanecer fora do Brasil, por temerem uma ordem de prisão. O PL, por sua vez, aconselha que o ex-presidente retorno o mais breve possível, já que a viagem aparenta ser uma fuga.
Nesse retorno, há ainda uma indefinição sobre onde a família Bolsonaro vai morar. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) continua nos EUA e já relatou que está com medo de voltar ao Brasil.
O vereador alega preocupações com sua segurança e também teme repercussões jurídicas nas investigações criminais das quais é alvo. O ano legislativo na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro será retomado no dia 15 de fevereiro.
VISTO DE BOLSONARO
O visto diplomático oficial de Bolsonaro vence na próxima segunda-feira (30). Por isso, a primeira opção do ex-presidente é a solicitação de troca de status da autorização para permanecer no país. Ele solicitaria ao governo americano a mudança de sua estadia com visto diplomático e passaria a utilizar um visto de turista, de negócios ou de estudante.
A troca, se solicitada por Bolsonaro, pode ser aguardada nos EUA, não sendo necessário que ele saia do país enquanto o departamento de segurança analisa o pedido. A mudança de status, porém, não é automática, tendo inclusive o risco de ser negada. Para isso basta que o agente responsável por analisar o pedido entenda que Bolsonaro não se enquadra na solicitação ou considere que ele esteve ilegalmente no país por algum período entre a saída da Presidência e o pedido de troca de status.
Fora a primeira opção, a outra possibilidade que sobra a Bolsonaro é a ilegalidade. Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, já confirmou em coletiva de imprensa recente que qualquer autoridade que estiver na suposta condição de Bolsonaro – em solo norte-americano e com visto oficial vencido – corre o risco de ser deportado.
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