Espancamento aconteceu na frente de dezenas de pessoas, mas ninguém fez nada. Imagens causaram revolta nas redes: "Se no meio da multidão ele faz isso, imagina dentro de casa". Homem grava novo vídeo: "Eu errei, mas eu sou um pai, não um monstro"
Um homem foi flagrado espancando as próprias filhas, de 7 e 10 anos, após as meninas supostamente terem se distanciado do guarda-sol da família em uma praia de Salvador, Bahia. As imagens da brutalidade são fortes e geraram indignação nas redes sociais (vídeos abaixo).
Na gravação, Ângelo Manoel bate com muita força nas meninas e chega a erguer uma das crianças pelo pescoço e a arremessa no chão. “Uma covardia dessas é injustificável”, observou um internauta.
As crianças foram espancadas na frente de dezenas de banhistas, mas ninguém fez nada. Após a repercussão da gravação das agressões, o pai das crianças gravou um vídeo chorando e pedindo desculpas pela violência.
Ângelo reconhece que errou e diz que agiu num momento de fúria, mas que só bateu nas filhas como uma maneira de educá-las. De acordo com ele, as meninas haviam desobedecido a ordem de ficarem juntas para não se perderem no meio da multidão.
O homem diz que após o vídeo ser divulgado na imprensa e compartilhado nas redes sociais, passou a sofrer ameaças de pessoas que querem agredi-lo para que “sirva de exemplo”. Ele diz ainda que não sabe como se apresentar à polícia e que não tem condições de contratar um advogado.
“Eu não matei as minhas filhas, elas estão aqui comigo, sob os meus cuidados. Eu que cuido e levo para escola. Minha vida é baseada nas minhas filhas […] Eu já não aguentava mais reclamar e explodi, estourei, eu errei, mas eu sou um pai e não um monstro”, diz em um trecho do vídeo.
A Polícia Civil da Bahia informou que está apurando o caso. O pai das crianças deve ser ouvido em uma unidade especializada de Feira de Santana, onde a família mora.
O caso vai ser investigado pela Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Contra Criança e Adolescente (Dercca) em Salvador, local onde o caso aconteceu. As crianças também devem ser ouvidas. Por envolver menores de 18 anos, a polícia está trabalhando em parceria com o Conselho Tutelar.
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