Saúde

Restaurantes de Goiás compravam de abatedouro que misturava carne de cavalo com porco

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Abatedouro misturava carne de cavalo com porco para vender a restaurantes. Em operação deflagrada na quarta-feira, a Polícia Civil encontrou um cavalo recém-abatido, parcialmente sem o couro e com vísceras expostas, além de outro animal adulto pronto para o abate

Abatedouro misturava carne de cavalo com porco (Imagem: Polícia Civil)

A Polícia Civil de Goiás investiga um abatedouro clandestino de animais suspeito de vender carne de cavalo misturada a carne suína. O estabelecimento ficava na zona rural de Hidrolândia, na região metropolitana de Goiânia.

Uma operação conjunta entre as polícias Civil e Militar foi realizada na quarta-feira (11) e cumpriu dois mandados de busca e apreensão no abatedouro e na casa do suspeito, que fica em Aparecida de Goiânia.

O autor foi identificado e teve o carro, documentos e telefone celular apreendidos, assim como junto aos produtos encontrados no local, mas não teve o nome revelado pela polícia.

Ao Popular, o delegado Sérgio Henrique Alves explicou que o abatedouro clandestino era investigado há cerca de seis meses, e que o investigado já foi preso pelos mesmos crimes. No entanto, até então, ele não havia sido flagrado comercializando a carne imprópria para consumo. Após a abordagem policial, o homem conseguiu fugir.

Segundo informou a Polícia Civil, um cavalo recém-abatido, que teve parte do couro arrancada deixando a face, patas e vísceras expostas, foi encontrado no abatedouro clandestino. Também havia no local outro cavalo adulto pronto para o abate, e um terceiro animal em condições de maus-tratos: magro, sem acesso à água, e amarrado de forma que dificultava a sua alimentação.

No local também foram encontradas máquinas de moer carne e de fazer linguiça. Já na casa do investigado, em Aparecida de Goiânia, foram apreendidos cerca de 80 quilos de carne suína, misturada com a carne de cavalo para diferenciar o sabor. Também foram apreendidos documentos, o carro do suspeito e um telefone celular.

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Ainda de acordo com a PC, os documentos e anotações de contabilidade encontrados na casa do investigado permitiram identificar possíveis compradores, entre restaurantes e outros estabelecimentos comerciais. A polícia não informou os nomes dos estabelecimentos que compravam os produtos.

Crimes

O responsável pelo abatedouro está respondendo inquérito policial pelos crimes de maus-tratos a animais com morte do animal; crime de construção de estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização legal; bem como o crime de vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo. Caso ele seja condenado, as penas somadas podem ultrapassar dez anos de prisão.

Com G1 e Uol

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