Ruiva do Capitão Contar: golpista é presa pela Polícia Federal no MS
Golpista Soraia Bacciotti foi presa hoje pela Polícia Federal por participação nos ataques em 8 de janeiro. Ela coleciona fotos ao lado da família Bolsonaro e ficou conhecida como "Ruiva do Contar", após colocar suas redes sociais à serviço do candidato derrotado para o governo do MS no ano passado
Intérprete de libras do deputado estadual Capitão Contar (PRTB), Soraya Bacciotti foi alvo da operação “Lesa Pátria”, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (20/1) para investigar financiadores e participantes de atos terroristas em Brasília, no dia 8 de janeiro.
Soraya trabalhou na campanha do parlamentar para o governo de Mato Grosso do Sul, acampou em frente ao Comando Militar do Oeste, em Campo Grande (MS), e chegou a agredir uma repórter do SBT.
No ano passado, as redes sociais de Soraia serviram de palanque para o capitão Contar, candidato derrotado para o governo de Mato Grosso do Sul, e ela ficou conhecida como “Ruiva do Contar”.
No Mato Grosso do Sul, a Justiça expediu dois mandados, um de prisão e um de busca e apreensão. A operação cumpre outras ordens em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal.
Nas redes sociais, Soraia já publicou foto com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Imagens e vídeos também mostram que a intérprete marcou presença em manifestações a favor do ex-presidente, da Operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff (PT).
O discurso contra as urnas eletrônicas também recebeu destaque nas postagens da intérprete de Libras. Ao longo de seu mandato, Bolsonaro criticou e mentiu sobre a credibilidade das urnas.
Em 7 de setembro do ano passado, a bolsonarista participou de atos pró-Bolsonaro em Brasília e gravou vídeos documentando a viagem. “Vamos lá lutar pela nossa liberdade, por Deus, pátria, família e liberdade”, diz em um dos trechos. O lema é usado por Bolsonaro e tem origem fascista.
No ônibus, pessoas usavam camisetas verde e amarelo com a imagem do Brasil e a palavra “Agro” —referência ao agronegócio, que reúne apoiadores de Bolsonaro e financiadores identificados de atos golpistas.
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