Marinha não quer explicar condecorações entregues para Constantino e Augusto Nunes
A Marinha se recusou a informar quais serviços foram prestados pelos bolsonaristas Rodrigo Constantino e Augusto Nunes para receber a medalha Mérito Tamandaré, uma das maiores honrarias da instituição
A Marinha do Brasil se recusou a informar, quais foram os importantes serviços prestados pelos agraciados com a medalha Mérito Tamandaré, incluindo os jornalistas bolsonaristas Rodrigo Constantino e JR Guzzo.
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As normas militares que regulam as concessões de condecorações militares são bem claras ao especificar que os agraciados com medalhas e/ou títulos nobiliárquicos como cavaleiro e comendador tem que ter realizado serviços relevantes para as Forças Armadas como um todo ou para as instituições Exército, Marinha e Aeronáutica especificamente.
Segundo o decreto que regula a Medalha Mérito Tamandaré, as condecorações são entregues para: “instituições e personalidades civis e militares, brasileiras ou estrangeiras, que tenham prestado relevantes serviços na divulgação ou no fortalecimento das tradições da Marinha do Brasil, honrando seus feitos ou realçando seus vultos históricos.”
O regulamento da Medalha especifica que deve existir propostas de condecoração, onde autoridades registram os motivos pelos quais acreditam que as personalidades indicadas são dignas de receber condecorações das instituições militares.
Além de Constantino e Guzzo, também receberam a medalha Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho (o Tutinha), José Maria da Rocha Trindade e Augusto Nunes da Silva, todos da Jovem Pan.
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Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho | Ex-presidente da Rede Jovem Pan
José Maria da Rocha Trindade | Rede Jovem Pan
Augusto Nunes Da Silva | Rede Jovem Pan
José Roberto Guzzo | Gazeta do Povo
Rodrigo Constantino Alexandre dos Santos | Revista Oeste
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Em resposta à solicitação de informações a Marinha do Brasil disse que o pedido é sem razão ou fundamento e que não tem conformidade com os interesses públicos,
“desarrazoado, tendo em vista a desconformidade com os interesses públicos do Estado em prol da sociedade…”
A Revista Sociedade Militar reiterou a solicitação de informações e vai até a última instância caso seja necessário
“O pedido não é desarrazoado. O país vive um período de grande polarização política e é necessário entender o que de fato está acontecendo por dentro de todas as instituições públicas e isso é dentro do que entende-se como interesse público. Não é admissível que jornalistas ou outras personalidades sejam agraciados com condecorações pagas pelo cidadão brasileiro e que as instituições militares se neguem a explicar o que de fato os “agraciados” fizeram pelas Forças Armadas.
Negar a informação solicitada pode levar ao entendimento de que as instituições militares foram utilizadas para favorecimentos ilícitos, pessoais, compra de apoio político ou para aumentar o status de personalidades que comungam da mesma visão de mundo que têm as autoridades militares com poder de entregar condecorações.
Condecorações, medalhas e outras premiações são custeadas com dinheiro público e se as Forças Armadas alegam que as premiações são concedidas para quem realiza ações relevantes em favor das instituições não há porque taxar tais pedidos de informações de “desproporcionais ou genéricos”. Se as premiações foram concedidas de acordo com a legislação vigente, citada no pedido inicial, as ações realizadas constam nas propostas de concessão das mesmas, como especifica o próprio regulamento da condecoração em tela;
Atos relevantes realizados por jornalistas não são secretos e – muito pelo contrário – se são de fato relevantes devem ser de conhecimento de toda a sociedade.
“§ 1o As propostas deverão ser preenchidas em modelo próprio e adequado às necessidades do processo de concessão da medalha, fornecido pelo Gabinete do Comandante da Marinha.”
Com Revista Sociedade Militar
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