Notícias

Michelle fala pela 1ª vez sobre sumiço de moedas do espelho d’água: “Recolhidas para caridade”

Share

Três dias após funcionário do Alvorada revelar que Michelle Bolsonaro matou todas as carpas para recolher as moedas acumuladas no espelho d'água, ex-primeira dama usou as redes e deu uma justificativa vazia sobre a denúncia. Carpas eram raras e foram dadas de presente na década de 1990 pelo imperador Akihito, do Japão

Michelle Bolsonaro usou as redes sociais nesta quarta-feira (8) para falar sobre o sumiço de moedas do espelho d’água do Palácio da Alvorada. A ex-primeira dama, no entanto, não falou sobre a matança de carpas.

“Antes de deixar o Palácio da Alvorada, no dia 30 de dezembro, expressei o desejo de que, se fosse possível, as moedas que repousavam no fundo do espelho d’água fossem recolhidas e, em seguida, doadas a uma instituição de caridade que cuida de mais de 80 ‘especiais’”, justificou Michelle.

Há três dias, um servidor da residência oficial do Presidente da República revelou que Michelle mandou matar todas as carpas do espelho d’água do Palácio da Alvorada para retirar as moedas jogadas por visitantes ao longo dos últimos anos. Segundo o funcionário, as moedas seriam doadas para uma igreja evangélica.

“O espelho d’água tem várias carpas, grandes, que eram cuidadas lá, tudo, ficavam lá, e todo mundo que vai, que visita ali, tem a prática de jogar uma moeda no espelho d’água”, disse o funcionário.

“Francisco de Assis Castelo Branco, conhecido como ‘pastor-capeta’, braço-direito de Michelle, mandou secar o espelho d’água […] matou, porque a carpa é bem sensível, as carpas morreram, e mandou retirar todas as moedas e colocar em um balde de 20 litros. E falou que foi a mando da Michelle, que aquelas moedas seriam para doação da igreja (…) Levou todas as moedas. Disse que era pra igreja, mas ninguém sabe se é verdade. Se ele doou ou não eu não sei, mas ele levou e falou que era a mando da Michelle”, relatou.

Os peixes carpas viviam no espelho d’água do Palácio do Alvorada há exatos 32 anos, quando foram entregues de presente ao ex-presidente Fernando Collor de Mello.

Na série de denúncias feita por funcionários do Alvorada, Michelle ainda é acusada de Caixa 2 e de usar o cartão corporativo da Presidência para pagar despesas pessoais que incluiriam até mesmo implante de silicone nos seios.

Os funcionários também relataram brigas frequentes entre Michelle e os filhos de Bolsonaro — especialmente Jair Renan e Carlos. Em uma das ocasiões, o ex-presidente precisou chutar uma porta que havia sido trancada por sua esposa. “Havia um clima muito pesado de medo constante lá dentro, muita tensão, como se algo de ruim pudesse acontecer a qualquer momento”, disse o servidor.