Repórteres do Estadão são chamados de 'comunistas' e agredidos fisicamente por bolsonaristas em condomínio de luxo de São Sebastião. A jornalista Renata Cafardo foi empurrada por um homem e caiu dentro de uma poça de lama. Curiosamente, desde que Lula assumiu, o Estadão tem direcionado fervorosos ataques ao atual presidente em quase todos os seus editoriais. O jornal já repetiu várias vezes que Lula dissemina ódio e não faz nada para pacificar o país
Uma repórter e um fotógrafo do jornal Estado de S. Paulo foram agredidos por moradores de um condomínio de luxo em Maresias, em São Sebastião (SP), durante a cobertura dos desdobramentos das fortes chuvas que castigam o litoral norte paulista. O caso ocorreu nessa terça-feira (21/2).
A jornalista Renata Cafardo, 45, e o repórter fotográfico Tiago Queiroz, 46, estavam dentro do condomínio Vila de Anoman, registrando os alagamentos e prejuízos causados pelas fortes chuvas. Foi quando um grupo de moradores começou a atacá-los fisicamente e verbalmente.
De acordo com a reportagem, a equipe do jornal foi autorizada a entrar no local por um funcionário do condomínio e por outros moradores. Segundo o relato, os repórteres estavam trabalhando quando começaram a ser xingados com palavrões e chamados e “comunistas” e “esquerdistas”.
Em seguida, Queiroz foi cercado pelo grupo de moradores, que o obrigaram a apagar as fotos que tinha feito do local. Um dos homens do grupo tentou arrancar a câmera fotográfica dele.
Renata avisou que iria filmar a agressão, e outro morador tentou arrancar o celular da mão dela. Como não conseguiu, empurrou a jornalista para um alagamento, e ela caiu em uma poça de lama. O agressor só parou ao ser contido por vizinhos, que passaram na rua.
A reportagem do Estadão conseguiu fotografar o grupo, composto por cinco homens e uma mulher. Um deles se identificou como sub síndico do condomínio.
“Eu e o fotografo Tiago Queiroz fomos covardemente agredidos hoje, em meio a uma cobertura triste e exaustiva da tragédia do litoral. Muito obrigada pelas demonstrações de apoio e carinho”, escreveu Renata.
“Fomos a Vila Sahy [área pobre], onde morreram mais de 30 pessoas, presenciei as cenas mais tristes que vi na vida e a união de uma comunidade que procura amigos e parentes. Ao contrário do condomínio de luxo, lá fomos recebidos com agua, uma mão para se equilibrar nos escombros, respeito”, contou Renata sobre a região mais atingida pelas chuvas, onde se concentra a maioria da população mais humilde da região.
“A agressão é revoltante, inexplicável, mas o que me dá esperança é ver essa corrente de defesa do jornalismo e o grito por uma democracia cada vez mais fortalecida”, emenda.
Desde que Lula assumiu o governo, o Estadão tem dedicado fervorosos ataques ao presidente em quase todos os seus editoriais. Evidentemente, os profissionais do jornal nada têm a ver com o ódio perpetuado pelos seus patrões.
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