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Fátima de Tubarão, que defecou no STF, pede prisão domiciliar para “cuidar de crianças”

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Fátima de Tubarão entra com pedido de prisão domiciliar para "cuidar de duas crianças". A bolsonarista não pensou nessas crianças quando passou meses frequentando os acampamentos golpistas nem quando viajou até Brasília para pedir um golpe de estado e quebrar tudo nos prédios dos três poderes

Fátima de Tubarão

A bolsonarista “Fátima de Tubarão” entrou com um pedido de prisão domiciliar. Detida por determinação do Supremo Tribunal Federal, ela ganhou destaque nas redes sociais após confessar em vídeo gravado durante os ataques que estava “quebrando tudo e cagando nessa bosta aqui”. “Vamos pra guerra, vamos pra guerra. Vou pegar o Xandão agora”, gritou ela, numa referência ao ministro do STF Alexandre de Moraes.

A moradora de Tubarão (SC) foi presa pela Polícia Federal na terceira fase da Operação Lesa Pátria, em Santa Catarina, no dia 27 de janeiro – quase 20 dias após os atos golpistas na capital federal. Desde então, ela está na Penitenciária Sul de Criciúma.

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A extremista entrou com pedido no Supremo para responder ao processo em liberdade, sob alegação de que precisa cuidar de duas crianças. Ela também é acusada de tráfico de drogas e falsificação de documentos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu parecer contrário ao afrouxamento do regime de prisão.

Quem também continua presa, mas na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia, é Ana Priscila Silva de Azevedo. Seguidora de Bolsonaro, ela aparece em vídeo anunciando, antecipadamente, o que iria ocorrer em 8 de janeiro. “Nós vamos colapsar o sistema, nós vamos sitiar Brasília, nós vamos tomar o poder de assalto, o poder que nos pertence”, disse ela em 5 de janeiro, durante transmissão ao vivo pelas redes sociais, no acampamento montado no entorno do Q.G do Exército. Três dias depois, Ana Priscila aparece em outro vídeo, desta vez dentro do Supremo, comemorando a depredação do prédio.

Ao longo desta semana, Moraes concedeu liberdade provisória para mais de 200 apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que foram presos após a invasão do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo. Eles não foram apontadas pelas investigações como financiadores ou principais executores dos ataques golpistas. Mesmo assim, deverão atender a uma série de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, além da proibição de mexer em redes sociais, de sair do País e de se comunicar com outros envolvidos. O grupo havia sido preso em flagrante no dia 9 de janeiro, 24 horas depois dos atos em frente ao Quartel-General (Q.G) do Exército, em Brasília.

De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, 2, pelo Supremo, 751 pessoas continuam presas pelos atos golpistas e 655 foram liberadas para responder em liberdade, com medidas cautelares.