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OVNIs observados recentemente podem ter exibido “anomalias da física”, afirmam cientistas

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OVNIs teriam desafiado as leis da física e objetos interestelares seriam capazes de liberar sondas no Sistema Solar. É o que propõe Avi Loeb, físico da Universidade de Harvard, em artigo divulgado no início do mês

Imagem: Departamento de Defesa dos EUA

Danielle Cassita, Canaltech

Os OVNIs (sigla para “objeto voador não identificado”) observados recentemente teriam desafiado as leis da física e, ainda, objetos interestelares seriam capazes de liberar sondas no Sistema Solar. É o que propõem Avi Loeb, físico da Universidade de Harvard, e Sean Kirkpatrick, diretor do Escritório de Resolução de Anomalias de Todos os Domínios, em um artigo preliminar divulgado no início do mês.

O texto traz especulações sobre como e por quê formas de vida extraterrestres viriam para o Sistema Solar, e discute possíveis processos físicos envolvidos no processo. Resumidamente, a fricção gerada pelos fenômenos aéreos não identificados (ou “UAPs”, sigla normalmente usada por cientistas e oficiais dos Estados Unidos para descrever estes objetos) com o ar ou água nos arredores deveria ter gerado fenômenos ópticos, como uma bola de fogo e um envelope de ionização.

Depois, a ocorrência destas formações deveria gerar emissões em ondas de rádio, mas nada do tipo foi observado. Para eles, isso não significa que as possíveis naves espaciais alienígenas seriam formadas por algum material desconhecido para os humanos, mas sim que falta sensibilidade nos instrumentos disponíveis atualmente, que não seriam capazes de identificar as assinaturas.

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Ainda no artigo, os autores relembram a passagem do objeto interestelar Oumuamua e do meteoro interestelar IM1, e levantam a possibilidade de que objetos interestelares sejam como “naves-mãe” capazes de liberar várias sondas pequenas durante passagens perto da Terra. O mecanismo de liberação das sondas seria parecido com aquele dos dentes-de-leão, que soltam várias sementes no ar de uma só vez.

Vale lembrar que Loeb rendeu uma série de controvérsias quando o assunto são possíveis seres extraterrestres e as origens de objetos interestelares — basta relembrar que, enquanto os astrônomos tentavam determinar as propriedades de Oumuamua, Loeb especulou que, na verdade, o objeto seria uma espécie de veleiro espacial alienígena, sendo que não haviam evidências da natureza artificial dele.

“As observações típicas de UAP estão longe demais para permitirem imagens definidas do objeto, e a determinação do movimento dele é limitada pela falta de dados de alcance”, acrescentaram. Eles destacam que, caso algum dos fenômenos tenha origem extraterrestre, há limites práticos para a interpretação dos dados observados e medidos, como resultado de restrições físicas.

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O artigo foi disponibilizado no repositório da Universidade de Harvard, sem revisão de pares.