Bolsonaro não aparece para trabalhar em seu 1º dia como dirigente do PL
Mantendo uma tradição que já cumpria na época em que ocupava a Presidência da República, quando trabalhava menos de 2 horas por dia, de acordo com registros oficiais, Bolsonaro também não aparece para trabalhar em seu 1º dia de expediente como dirigente do PL
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não apareceu para trabalhar no primeiro dia de expediente como dirigente do Partido Liberal. As informações são de jornalistas que passaram a manhã inteira aguardando o ex-mandatário em frente à sede do partido.
Bolsonaro tinha um compromisso firmado com Valdemar Costa Neto, líder da sigla, para dar expediente no prédio do partido já na condição de presidente de honra. No cargo, Bolsonaro receberá cerca de R$ 39 mil por mês — o equivalente a um salário de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Diferente de Bolsonaro, sua esposa Michelle comparece ao PL quase que diariamente e já montou uma equipe de trabalho. Ela é cotada pelos dirigentes do partido como um nome forte para pleitear a Presidência da República em 2026, mas encontra resistência dentro da própria família. Bolsonaro e os filhos são contra a ideia.
Trabalhou pouco
Bolsonaro ficou conhecido por trabalhar pouco durante o período em que presidiu o Brasil e a situação piorou ainda mais após o resultado da eleição. O ex-presidente trabalhou somente cerca de 24 minutos por dia desde 1º de outubro até entregar o cargo e fugir para os EUA. O levantamento foi feito com base nas agendas oficiais do presidente da República que foram divulgadas.
Ao todo, o presidente trabalhou 16 horas e 10 minutos no período, equivalente a duas jornadas de oito horas praticadas pela maioria da população empregada.
Sem agenda
Com o fiasco de público da chegada de Jair Bolsonaro na última quinta-feira, em Brasília, os aliados do ex-presidente estão pessimistas quanto a criar uma agenda positiva para ele nas próximas semanas.
Mesmo os poucos deputados que compareceram ao aeroporto da capital, naquele início de manhã, se surpreenderam com o número pequeno de aliados do ex-presidente presentes.
A semana começa com o PL quebrando a cabeça para pensar num cronograma de eventos que deem visibilidade a Bolsonaro. Não bastasse que sua chegada ao Brasil ‘flopou’, Bolsonaro teve a concorrência do anúncio pelo governo das medidas do arcabouço fiscal. O ministro Fernando Haddad roubou a cena.