Brasileira perdeu um dente e quebrou o braço, enquanto a agressora está em liberdade. “Eu não reagi para não perder meus direitos. Ela gritava que, por ser norte-americana, nada aconteceria com ela. Estou com o rosto deformado. Meus filhos testemunharam tudo e estão traumatizados”, desabafou a vítima
Uma mulher brasileira foi espancada por uma norte-americana em Framingham, Massachussets, nos Estados Unidos (EUA). O caso aconteceu na noite da última quarta-feira (29/3) e foi motivado por xenofobia.
Em vídeo (assista no final) que registra o momento, é possível ouvir a agressora, identificada como Michelle Milburn, de 45 anos, gritando para a brasileira em outro carro: “Volta para o seu país”.
A brasileira, que não teve a identidade revelada, explicou nas redes a agressão que sofreu. Após começar a gritar para que ela voltasse a seu país, a americana estacionou o carro na frente do veículo da brasileira. A vítima disse que perdeu um dente e deslocou um braço e que a americana carregava um canivete ou um punhal na mão.
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“Eu não reagi para não perder meus direitos. Em todo tempo ela gritava que, por ser americana, nada aconteceria com ela. Eu perdi um dente e desloquei meu braço. Tenho 1,51 cm e ela, 1,80 cm. Ela estava armada e filmava tudo pra uma criança ver. Eu só me defendi. Meu rosto ficou deformado”, contou a brasileira em uma rede social.
A brasileira foi agredida com socos no rosto, na cabeça e estômago. No registro, a mulher aparece abaixada ao lado de um carro, enquanto a norte-americana a espanca.
A vítima pedia que chamassem a polícia em português, enquanto era agredida. Ela estava acompanhada de seus filhos no momento do espancamento. Em postagem nas redes, ela diz que os dois ficaram traumatizados com o caso.
Já agressora foi presa, passou uma noite na delegacia e pagou fiança de aproximadamente R$ 12,6 mil para ser liberada. Ela foi acusada formalmente por dois crimes: agressão física e agressão com arma perigosa.
Após a agressão, a brasileira foi encaminhada para tratar os ferimentos em um hospital. Em entrevista a uma rádio americana, ela afirmou que segue abalada com o espancamento, e que sente dores na costela sempre que usa cinto de segurança no carro.
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