Autor do crime diz que reagiu após ser impedido pelo médico de sair do apartamento. Vinícius Soares Garcia era mestre pela UFMG e cursava o doutorado na mesma instituição
O médico Vinícius Soares Garcia, de 31 anos, foi morto com mais de 30 facadas dentro do apartamento onde morava no Centro de Belo Horizonte. O crime aconteceu na tarde do último sábado (22).
Vinícius era graduado e mestre pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente, o rapaz cursava o Doutorado em Ciências Fonoaudiológicas na mesma instituição.
O autor do crime tem 30 anos e foi internado sob escolta policial no Hospital Psiquiátrico André Luiz, em BH. A polícia não divulgou a identidade do assassino. O médico que atendeu o homem contou que ele chegou ao hospital com cortes e hematomas pelo corpo, dizendo ter sido abusado sexualmente.
A perícia da Polícia Civil constatou 10 perfurações no peito de Vinícius Soares Garcia, uma no rosto, três na mão esquerda, uma na mão direita, seis na cabeça e no pescoço e dez nas costas.
De acordo com o boletim de ocorrência, o autor do crime disse que conheceu Vinícius há cerca de 15 dias e que passou a noite de quinta-feira (20) e a sexta-feira (21) na companhia do médico e mais duas pessoas, que não soube identificar.
Ele ainda alega que foi drogado drogado e que sofreu abusos, mas não soube dizer como e quando tudo aconteceu. O rapaz afirma que tentou fugir do apartamento quando se deu conta do abuso, mas foi impedido pelo médico e reagiu.
Ainda de acordo com o autor do crime, ele entrou em luta corporal com o médico, tomou a faca e desferiu golpes contra ele. Ao perceber que a vítima estava morta, ele tentou se matar, mas sem sucesso.
Logo depois do crime, o homem foi ao consultório de um psiquiatra, que relatou um quadro de surto psicótico com ideação delirante. A polícia informou que o assassino será encaminhado para o sistema prisional e ficará à disposição da Justiça após receber alta médica.
A motivação e circunstâncias do crime serão investigadas pelo Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).