Em comunicado oficial, Antonov nega ter suspendido investimento de US$ 50 bilhões após fala de Lula. Informação falsa surgiu em matéria da CNN Brasil e foi disseminada por grupos bolsonaristas nesta semana. Após ser desmascarada publicamente, a CNN admitiu o erro, alegou "falha de procedimento" e justificou ter colhido as informações mentirosas com funcionários do governo do estado de São Paulo
Uma matéria com informações falsas da CNN Brasil ganhou grande repercussão nesta semana em grupos de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A reportagem, que foi veiculada tanto na televisão como no site da CNN, dizia que a estatal ucraniana Antonov havia suspendido investimentos da ordem de US$ 50 bilhões no Brasil após falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Em comunicado oficial, a Antonov negou ter suspendido investimentos no país, desmentiu a informação que houve retaliação às recentes declarações de Lula sobre a guerra entre Ucrânia e Rússia e informou não ter representantes no Brasil para se manifestar em nome da empresa.
A estatal ucraniana alegou que a exposição pública de seu posicionamento seria para “evitar manipulações”. Após ser desmascarada, a CNN alegou falha de procedimento por publicar a matéria sem acionar antes ouvir a Secretaria de Comunicação da Presidência.
A Antonov explicou que realiza constantes consultas para negócios com parceiros estrangeiros, incluindo o Brasil. A empresa disse, em nota, que “enfatiza seu interesse no desenvolvimento da cooperação com a República Federativa do Brasil no campo de tecnologias de aviação e apreciará as iniciativas oficiais da parte brasileira no que diz respeito ao estabelecimento de cooperação mutuamente benéfica”.
Governo de SP envolvido na Fake News
A CNN alegou que colheu a informação falsa junto a funcionários do governo do estado de São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) chegou a telefonar para Lula nesta quinta-feira (27) para se explicar.
Tarcísio cogita demitir o secretário Lucas Ferraz, da Pasta de Negócios Internacionais. Foi de lá que saiu a informação que gerou a crise com governo federal.
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