Líder cristão pediu aos seus seguidores para jejuarem até morrer para “encontrar Jesus Cristo”. Até agora, 58 corpos foram encontrados
A Polícia do Quênia já encontrou 58 corpos de pessoas que foram identificadas como seguidoras do líder cristão Makenzie Nthenge, fundador da Igreja Internacional das Boas Novas. O homem incentivou os fiéis a realizarem um jejum até a morte “para conhecer Jesus Cristo”.
Nthenge foi preso há dez dias, mas seus seguidores seguem escondidos jejuando, segundo a polícia do país africano. Parte dos corpos já encontrados estava em uma vala comum em uma floresta onde o grupo costuma se reunir para realizar cultos.
Na semana passada, as autoridades inicialmente encontraram os corpos de quatro adeptos da igreja. Os investigadores chegaram à região após uma denúncia que apontava a existência de uma possível vala comum.
Uma mulher que se recusava a ingerir alimentos e com sinais de fraqueza foi encontrada no domingo (23). Ela foi então levada por autoridades a um hospital. Outros 11 fiéis, sete homens e quatro mulheres com idades entre 17 e 49 anos, foram hospitalizados na semana passada após também serem encontrados na floresta, conhecida como Shakahola.
Uma fonte policial afirmou que Nthenge iniciou uma greve de fome e que “está orando e jejuando” enquanto permanece preso. Segundo a imprensa local, seis pessoas que trabalhavam com Makenzie Nthenge também foram detidas.
Em um relatório, a polícia indicou que recebeu informações sobre várias pessoas “mortas de fome com o pretexto de conhecer Jesus depois que um suspeito, Makenzie Nthenge, pastor da Igreja Internacional das Boas Novas, fez nelas uma lavagem cerebral”.
De acordo com a mídia local, Makenzie Nthenge já havia sido detido e indiciado no mês passado depois que duas crianças da seita morreram de fome. No entanto, ele pagou uma fiança de 100.000 xelins quenianos (cerca de R$ 3,7 mil) e foi liberado.
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