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Irmãos são mortos a tiros em crime transmitido ao vivo na televisão da Índia

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Assassinos gritaram palavras de ódio contra muçulmanos, mas polícia ainda não confirma se caso foi motivado por intolerância religiosa

Atiq Ahmed e seu irmão Ashraf foram mortos a tiros ao vivo na televisão indiana no último domingo (16). O ex-político conversava com repórteres quando alguém apontou uma arma para a cabeça dele e atirou. O caso aconteceu em Prayagraj, no norte da Índia.

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Atiq era ex-parlamentar e estava preso desde 2019, condenado por vários crimes, como sequestro e extorsão. Ele estava sendo levado ao hospital algemado e escoltado pela polícia quando atiradores, que se passaram por jornalistas, atiraram à queima-roupa.

Assassinos gritaram palavras de ódio contra muçulmanos, minoria étnica na Índia a qual pertenciam os irmãos. A polícia ainda não confirmou se o caso foi motivado por intolerância religiosa.

Atiq Ahmed teria ligações com o Inter-Services Intelligence (ISI), o serviço secreto do Paquistão, e com a organização terrorista paquistanesa Lashkar-e-Taiba. As informações são do site de notícias indiano Firstpost.

Segundo a polícia local, Atiq Ahmed também confessou que era líder da gangue IS 227. Com pelo menos 132 membros, incluindo seu irmão, seus três filhos e esposa, o grupo praticava extorsão e grilagem de terras.

Atiq Ahmed

— Foi membro do Parlamento indiano entre 2004 e 2009. Antes disso, foi o equivalente a um deputado estadual, tendo vencido sua primeira eleição em 1989, segundo a BBC.

— Enfrentava mais de 100 acusações criminais. Ahmed foi acusado pela primeira vez em 1979, em um caso de assassinato. Na década seguinte, conquistou forte influência na parte ocidental da cidade de Allahabad.

— Foi condenado por sequestro e extorsão. Em 2019, o principal tribunal da Índia ordenou que a sua transferência para outra prisão depois que descobriu-se que Ahmed planejava ataques a um empresário na unidade prisional onde estava detido. Na ocasião, o ex-político aguardava julgamento em outro caso.

— No mês passado, um tribunal o condenou à prisão perpétua em um caso de sequestro ocorrido em 2006.

— Filho foi morto nesta semana por forças do governo. Asad era procurado pelo assassinato de Umesh Pal, testemunha-chave na morte de um advogado pertencente ao partido Bahujan Samaj (BSP). Ahmed também era um dos suspeitos e as armas para assassinar Pal também teriam vindo do Paquistão.

— Últimas palavras foram sobre enterro do filho. Antes de ser morto ao vivo, Ahmed explicava a jornalistas a razão de não ter ido ao enterro do filho: “Não me levaram, então não pude ir”.

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